José Cruz/ABr
O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), reagiu à notícia sobre a licitação micada do metrô paulista com a velocidade de um raio.
Depois de ler que o repórter Ricardo Feltrin sabia com antecedência o resultado da "concorrência", Goldman tomou trêsprovidências:
1. Determinou à Casa Civil que solicite ao Ministério Público do Estado a abertura de uma investigação.
2. Ordenou à Corregedoria-Geral do Estado que abra uma apuração interna.
3. Mandou suspender o processamento da licitação. Os contratos haviam sido assinados na semana passada. Porém...
Porém, as empreiteiras ainda não receberam as ordens de serviço. As obras, portanto, não começaram. Tampouco houve liberação de dinheiro.
Perguntou-se a Goldman se receia que o episódio seja usado eleitoralmente contra José Serra. E ele:
“Espero que não, já que a atitude nossa é imediata. [...] E não vamos deixar absolutamente nada sem esclarecimento".
Abre parêntese. Nada como uma boa campanha eleitoral para dar celeridade à administração pública. Fecha parêntese.
De passagem pelo Rio, Serra viu-se compelido a dizer algo a respeito. Recordou que não é mais governador, como se isso lhe servisse de atenuante.
Defendeu a apuração: “Creio que o governador Goldman vai instaurar agora investigação incluindo o Ministério Público”.
De antemão, descrê de irregularidades no governo. “Direcionamento [da licitação] não houve”.
Não exclui a hipótese de um conluio das empresas: “Pode ter havido acordo de construtoras”.