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sábado, 23 de outubro de 2010

Para ‘isolar’ Dilma, PT esquiva-se de defender Falcão


Os operadores petistas da campanha de Dilma Rousseff decidiram adotar no Fiscogate a teoria dos dedos e dos anéis.


Para proteger o comitê de campanha da pupila de Lula (dedo), isolando-a dos malfeitos, decidiu-se abandonar Rui Falcão (anel) à própria sorte.

Deputado estadual reeleito para a Assembléia Legislativa de São Paulo, o petista Rui Falcão virou personagem do inquérito da PF.

Empurrou-o para dentro da encrenca o ‘repórter’ Amaury Ribeiro Jr., pivô da violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas a José Serra.

Segundo Amaury, Rui Falcão roubou informações que guardava em seu laptop. Entre elas os dados fiscais obtidos ilegalmente.

O deputado nega. Um pedaço do PT dá-lhe crédito. Mas prevalece o entendimento de que cabe a ele se defender.

O partido não quebrará lanças por Rui Falcão. Dilma e seu comitê muito menos. Vende-se a seguinte tese:

O eventual envolvimento de pessoas da campanha com Amaury e com os dados colecionados por ele decorre de ato isolado.

Ligado ao grupo da senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP), Rui Falcão integrou a coordenação de Dilma na fase de pré-campanha. Cuidava do núcleo de comunicação.

Sua presença nas páginas do inquérito conspira contra o esforço da cúpula do PT e de Lula de apresentar as violações do fisco como resultado de uma briga de emplumados: Aécio Neves X José Serra.   

Resta agora combinar a tática com os russos do Ministério Público, que olham de esguelha para os rumos que a Polícia Federal imprime ao inquérito.