A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e de outras seis pessoas.
Deve-se a providência à juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da 5ª Vara Criminal de São Paulo. Ela deferiu pedido do Ministério Público. Aqui, a íntegra do despacho.
A magistrada converteu em ação penal a denúncia em que o promotor José Carlos Blat aponta desvios na Bancoop.
Trata-se daquela cooperativa vinculada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Criada para construir moradias, produziu mais encrencas do que tetos.
Pelas contas do promotor Blat, desviaram-se da cooperativa cerca de R$ 170 milhões. Parte da verba, diz ele, foram às arcas clandestinas do PT.
Ex-dirigentes da cooperativa, João Vaccari e os outros seis réus são acusados de lavagem de dinheiro e estelionato.
No dizer do promotor, constituíram uma “organização criminosa”. Foi indeferido o pedido de bloqueio dos bens dos envolvidos.
A conversão da denúncia em ação penal não significa uma condenação dos réus.
A Justiça apenas considerou que há indícios de crime que justificam o aprofundamento da investigação.
Nessa fase do processo, o gestor da tesouraria do PT e os outros réus terão a oportunidade de se defender. Eles negam os malfeitos.