Ricardo Stuckert/PR
Submeteram-no a um cateterismo. Não foram detectadas obstruções arteriais relevantes. Alencar foi à UTI.
Em boletim, o hospital informou que o quadro clínico do vice é, do ponto de vista cardíaco, estável.
Tudo isso aconteceu num instante em que Lula se encontrava em Seul, na Coréia do Sul.
Michel Temer, presidente da Câmara e segundo na linha sucessória, estava na capital argentina, Buenos Aires.
Por volta de 22h30, o médico Roberto Kalil, que assiste Alencar, disse que o paciente não estava entubado nem sedado.
O vice-presidente está internado desde 25 de outubro. Deve essa última baixa ao hospital a uma obstrução intestinal.
Nas duas primeiras semanas, alimentava-se por meio de sondas. Na última segunda-feira (8), voltou a ingerir alimentos por via oral.
Alencar arrosta um câncer abdominal. Peleja contra a doença há arrastados dez anos. Nesse intervalo, passou pela mesa de cirurgia 15 vezes.
Em setembro do ano passado, exames feitos nos EUA constataram que os tumores que atormentam Alencar haviam crescido.
Depois de consultar-se com a equipe médica que o atende no Brasil, o vice decidiu interromper o tratamento experimental a que se submetia nos EUA.
Retomou as sessões de quimioterapia. Nos últimos meses, as internações de Alencar amiudaram-se.
No início de outubro, ficou três dias internado. Em setembro, um edema no pulmão devolveu-o ao hospital.
Antes, em julho, permanecera uma semana no Sírio-Libanês. Submetera-se a um primeiro cateterismo.
Implantaram-lhe no peito um stent, tubo de metal que elimina o entupimento de artéria, normalizando o fluxo sanguíneo.