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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Comissão aprova emenda que reduz o poder do vice


Jonas Pereira/Ag.Senado


Em votação simbólica, a Comissão de Justiça do Senado aprovou uma emenda constitucional que muda as atribuições do vice-presidente da República.

A emenda retira do vice-presidente a condição de sucessor natural do presidente da República.

Se o cargo de presidente ficar vago nos dois primeiros anos do mandato, a eleição se realizará em 90 dias. Coisa direta. Voto popular.

Caso o cargo fique vago nos dois últimos anos, a eleição ocorrerá em 30 dias e será indireta. Caberá ao Congresso (deputados e senadores) escolher o substituto.

Para entrar em vigor, a emenda precisa percorrer um caminho longo. Terá de passar pelo plenário do Senado.

Se os senadores a aprovarem, vai à Câmara. Primeiro, às comissões. Depois, ao plenário. Só então, se aprovada em todos os estágios, será promulgada.

Por uma dessas coincidências do destino, a emenda passou na comissão do Senado dois meses antes da posse do vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB).

Seria uma emenda anti-Temer? Relator do texto aprovado, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), disse ao blog: “Não, de jeito nenhum...”

“...Nada contra o Temer. A proposta de emenda é de 2006 [o autor do texto original é o senador tucano Arthur Virgílio]”.

Demóstenes acrescentou: “Na verdade, é mera continuidade de outra emenda, já aprovada pela comissão, que tratou dos mandatos de senadores...”

“...Essa está na gaveta da presidência do Senado desde 2008. O objetivo é valorizar os titulares”.

Presidente da Comissão de Justiça do Senado, Demóstenes disse que a emenda aprovada nesta quarta (3) trata também dos mandatos de deputados.

De resto, informou que o texto só foi a voto porque houve concordância de oposicionistas e governistas.

Entre os governistas presentes no plenário da comissão estava Romero Jucá, líder de Lula no Senado e filiado ao PMDB, o partido de Temer.