Orlandeli

Caiu a liminar da Justiça Federal do Ceará que determinara a suspensão do Enem. O governo conseguiu derrubá-la no TRF da 5ª Região, sediado em Recife.
Deve-se a decisão ao desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, presidente do tribunal.
O MEC apressou-se em anunciar que divulga ainda nesta sexta o gabarito do exame do final de semana passado.
Antes que você imagine que a novela acabou, vai um aviso: a Procuradoria da República vai recorrer.
Ainda que o recurso não prospere, continuará tramitando a ação aberta contra o último exame.
Ou seja, não convém afastar do horizonte a hipótese de o Enem voltar a ser suspenso e, no limite, anulado.
Todo brasileiro com dois neurônios tem a obrigação de apoiar o Enem. E o dever de condenar os responsáveis pela gestão do Enem.
Experimente-se perguntar a um garoto de inteligência mediana: o que você acha do Enem? Ele responderá:
Fora o inaceitável recuo na promessa de tornar o exame um substituto do vestibular, o incrível roubo de provas na gráfica, os espantosos erros de impressão, a inacreditável inversão da ordem das respostas no gabarito, a risível tentativa do Inep de converter inépcia em “sucesso”, as risíveis ameaças da equipe do MEC à estudantada ligada no twitter, a fantástica avaliação de Lula ‘Sucesso extrarodinário’ da Silva, a inusitada reavaliação de Lula ‘Se necessário faremos até três provas’ da Silva, o vaivém de liminares e a incerteza quanto à serventia do último teste, o Enem é um bom exame.