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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Temer mantém posições do PMDB após reação do PT

  Lula Marques/Folha
De passagem por Buenos Aires, Michel Temer puxou a corda do cabo-de-guerra que seu partido, o PMDB, trava com o PT no Congresso.

O pano de fundo é a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Havia um pré-acordo entre as duas legendas.

Previa que, na Câmara, seria reproduzido na próxima legislatura (2011-2014) o rodízio que vigorou na atual (2006-2010).

Funcionou assim: o PT presidiu a Câmara por dois anos, com Arlindo Chinaglia. E o PMDB deu as cartas por um biênio, com Temer.

No gogó, a reprodução do acerto havia sido combinada entre Temer e o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Porém...

Porém, as bancadas do PT (deputados e senadores) levaram o pé à porta. Exigem que o Senado entre no rodízio.

O PMDB responde: Não, de jeito nenhum, esqueçam.

O argumento do PMDB, repisado por Temer na entrevista desta quinta, é o de que, no Senado, o regimento interno impede um acerto.

Reza o regimento que a maior bancada tem a prerrogativa de indicar o presidente do Senado.

Em reforço à posição de seu partido, Temer evoca o acordo PMDB-PT que vigora hoje. Coisa celebrada em 2006:

"Naquela vez, nós não envolvemos o Senado, por causa do regimento da Casa, que estabelece que a maior bancada é titular do cargo [de presidente]".

Candidato do PMDB à presidência da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) diz que a exigência do PT em relação ao Senado tornou-se pedra na trilha do entendimento.

Henrique Alves afirma que o "confronto" não é o melhor caminho. Porém, será "inevitável" se o PT insistir em empurrar o Senado dentro do caldeirão da Câmara.

Como se vê, começou cedo, muito cedo, cedíssimo o lufa-lufa entre os sócios majoritários da coligação que dará suporte congressual a Dilma Rousseff.