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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tomando rumo


rumo
Os primeiros dias do governo Jatene protagonizam a tentativa da administração em ter um retrato, mesmo em branco e preto, da situação do Estado, no que tange aos compromissos financeiros assumidos e não pagos pelo governo Ana Julia.
O Estado não era organizado ao ponto de se apertar uma tecla e aparecer os débitos contraídos, por isto o atual governo terá algum trabalho para sistematizar a real topografia do solo no qual está pisando.
Aliás, a definição correta é que o estado era tão desorganizado que há indícios de que o governo ultrapassou o limite de remanejamento do orçamento, em 2010, que foi, por emenda de minha autoria, estabelecido em 18%.
A cada divulgação de expectativa de dividas, a ex-governadora esbraveja no éter, desmentindo os números que são publicados, colocando preço na sua própria verdade: a de que as dívidas deixadas por ela são menores do que aqueles que ela recebeu.
E assim segue o terço do débito, que, embora Simão Jatene tenha avaliado em torno de R$ 750 milhões, na verdade, deve chegar a 1 bilhão de reais, quando todas as pedras vierem à tona.
Deve ser colocado, também, na coluna de débitos, e ai a duplicata a descontar será assustadora, o estado de sucateamento no qual se encontram os órgãos públicos estaduais e o esfacelamento orgânico sofrido pelo pessoal que tange a máquina administrativa, como efeito do inconsequente aparelhamento das principais secretarias do governo.
Recuperar os quadros funcionais do Estado, aqueles que, de fato, entendem do riscado, será uma das principais tarefas da atual gestão.
Ana Júlia vai ser a eterna contestadora desta realidade por um simples e peculiar fato: ela não sabia o tamanho do desmantelo da sua administração e sempre acreditou que o seu governo estava fazendo o melhor da história do Pará e espera que, em algum momento do terceiro milênio, isto seja reconhecido.
Os secretários e colaboradores do atual governo devem sempre ter em mente que o passado recente é a mais eventual escola de como eles não devem se comportar, para que não corram o risco de terem a mesma nota ao final letivo. 
Fone: Parsifal 5.0