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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um Palhaço em DESTAQUE!

 Os principais jornais europeus versaram, de forma pejorativa, a eleição do palhaço Tiririca no Brasil: esquecem o próprio umbigo.
Cicciolina, uma popular atriz pornô, candidatou-se ao parlamento italiano, em 1987. Em sua propaganda politica ela aparecia nua da cintura para cima, pedindo votos: foi eleita uma das parlamentares mais votadas do seu distrito, Roma.
Tanja Derveaux candidatou-se ao Senado belga. Como plataforma de campanha prometeu fazer sexo oral virtual com os seus eleitores. Na propaganda, aparecia nua com um lápis sensualmente posicionado entre os lábios. Tanja obteve 1,5% dos votos nominais do seu distrito. Só não foi eleita porque o seu partido não obteve o percentual necessário para uma cadeira do Senado, nos demais distritos.
Scott Brown elegeu-se senador pelo estado de Massachusetts, nos EUA, em substituição à cadeira deixada pelo falecido Senador Ted Kennedy. Na juventude, ganhava a vida posando nu para revistas masculinas. O seu nu de corpo inteiro, na pagina central de uma espécie de Playboy masculina, fez o maior sucesso na campanha e foi uma das principais causas de ter batido os democratas.
Os exemplos acima poderiam ser um rosário, se não fossem o suficiente para demonstrar que a democracia pelo mundo afora produz estes tipos de candidatos por um principio que está lavrado nas constituições de todos os países democráticos: liberdade de expressão.
A mais essencial das liberdades de expressão nas democracias maduras se chama direito de votar e ser votado com o mínimo de restrições, para que a universalidade da representação se faça sempre tendendo ao absoluto: pode se candidatar quem quiser e elege-se quem o povo decidir sufragar.
Volto ao tema porque agora se quer tirar a eleição do Tiririca sob a alegação de que ele é analfabeto.
Embora esta restrição esteja lavrada na Carta, sou radicalmente contra a discriminação: se há analfabetos no Brasil que o país trate de alfabetiza-los.
Enquanto houver analfabetos na pátria, não se deve restringir-lhes o direito ao processo eleitoral, colocando-os à margem da República representativa.
A imprensa, e qualquer cidadão, tem o direito de se sublevar, criticar e até fazer campanha contra o Tiririca ou quem quer que o valha.
Eu já disse aqui que jamais votaria em tiriricas, mas, repito que defendo, à exaustão, o direito de ele, ou qualquer outro registrar a sua candidatura, e, caso eleito, deve-se respeitá-lo como legitimo representante do povo.