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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Discurso do freio nos gastos vira lero-lero desconexo


Nos últimos dias, ministros de Lula e coordenadores do gabinete de transição de Dilma Rousseff atracaram-se à responsabilidade fiscal.


Formaram uma espécie de tropa de elite antigasto. Anunciaram a intenção de barrar no Congresso projetos que criam despesas novas. Coisa de R$ 126 bilhões.

Deseja-se brecar, por exemplo, uma penca de reajustes salariais –para ministos do STF, servidores do Judiciário, PMs, bombeiros...

De resto, tenta-se assegurar que o salário mínimo seja reajustado num percentual, digamos, mínimo.

Simultaneamente, corre nos subterrâneos a ideia de tonificar oscontracheques de deputados, senadores e, veja você, até de Dilma ‘Tesoura’ Rousseff.

Da África, onde se encontra, Lula apoiou a providência. Acha que os congressistas e sua pupila merecem mesmo um aumento: é “justo” e “necessário”.

Lula recordou que, em 2002, quando virou presidente da República, aconteceu coisa semelhante. Com uma diferença:

"Fizeram uma sacanagem comigo, em 2002. Aprovaram [aumento] só para a Câmara e para o Senado. Não aprovaram para o presidente da República. Eu não reclamei".

Doravante, quando Dilma e seus capitães Nascimento levantarem a faca, suas vítimas ficam autorizadas a gritar, em uníssono: Fala sério!