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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Senado ouvirá BC e Caixa sobre banco Panamericano

  Cristina Gallo/Ag.Senado
A Comissão de Justiça do Senado aprovou nesta quarta (10) requerimento sobre o caso que envolve o banco PanAmericano, do Grupo Silvio Santos.

Os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho foram chamados a dar esclarecimentos.

Agendou-se para a quarta-feira (17) da semana que vem a sessão em que a dupla será ouvida.

O autor da requisição é o senador ACM Júnior (DEM-BA). Intrigou-o o fato de a Caixa ser, hoje, acionista do problema.

Recordou que, em novembro de 2009, a Caixa adquiriu um pedaço do PanAmericano –35,54% das ações. Negócio de R$ 739,2 milhões.

Antes da efetivação da compra, a Caixa encomendou auditoria da escrituração da casa bancária de Silvio Santos. E não farejou a encrenca.

“É preciso deixar essa história às claras”, disse ACM Júnior.

Deseja esclarecer também os termos do empréstimo de R$ 2,5 bilhões concedido ao PanAmericano, para cobrir o rombo detectado em sua contabilidade.

O dinheiro virá do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), entidade privada criada em 1995, sob FHC, para oferecer proteção à clientela dos bancos. Segundo o BC, a Viúva está fora da operação.

Na sessão da Comissão de Justiça, várias vozes oposicionistas ecoaram as preocupações do senador ‘demo’.

Os petistas Tião Viana (AC) e Aloizio Mercadante (SP) fizeram o contraponto.

Tião aconselhou que o ofício a ser encaminhado a Meirelles e Maria Fernanda seja escrito na forma de convite, não de convocação.

Mercadante ponderou que, além das duas autoridades, a comissão precisaria ouvir representantes de duas empresas de auditoria: a KPMG e a Deloitte.

Foram elas, além do banco Fator, que varejaram, a serviço da Caixa, as contas do PanAmericano. “Há indícios de fraude nos balanços desde 2006”, disse Mercadante.

“[...] O que deve ser explicado é porque a KPMG e a Deloitte, que tinham responsabilidade por auditar o banco, não identificaram problemas nos balanços e a fragilidade da situação patrimonial”.

Por sugestão de Mercadante, aprovou-se um adendo ao requerimento de ACM Júnior. Decidiu-se chamar também a KPMG e a Deloitte para se explicar.