Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, desperta nas pessoas que o rodeiam o mais nobre dos sentimentos.
O primeiro-filho ateia na alma de seus semelhantes a chama da generosidade. Uma bondade inaudita.
Já se sabia que a Gamecorp, empresa Lulinha, tornou-se uma espécie de ímã de atração de benfeitore$.
Descobre-se agora que, também no ambiente doméstico, o primogênito de Lulão usufrui de gestos de rara prodigalidade.
Lulinha protege-se do sereno, desde 2007, num apartamento assentado nos Jardins, um dos mais elegantes bairros da capital paulista.
Alugado, o imóvel custa R$ 12 mil por mês. O dinheiro sai da caixa registradora de uma empresa: o Grupo Gol, que tem entre seus clientes o governo federal.
A firma pertence a Jonas Suassuna, primo do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Fez fortuna com a venda de CDs nos quais a voz de Cid Moreira recita a Bíblia.
Ouvido, Jonas disse que não vai mais pagar o aluguel do filho do presidente da República, agora quase ex-presidente.
Procurado, Lulinha tentou explicar-se. Disse que foi morar no Éden –ou nos Jardins—depois que se separou da mulher:
"Ele [Jonas] arcava com o aluguel e eu entrei com os móveis da minha antiga residência e assumi as despesas do apartamento...”
“...Há quatro meses pedi para ficar com todo o apartamento, pois me tornei pai, e estamos transferindo o contrato para meu nome".
Filho do dono do imóvel, o advogado Vladmir Silveira desconhece o pedido. Em verdade, nem sabia Lulinha era inquilino do imóvel.
"Quem alugou foi o Grupo Gol. O Jonas assina como proprietário [da empresa] e fiador, na [pessoa] física", disse.
Para o resto da humanidade, o leite da bondade humana azedou faz tempo. Para Lulinha, o azedo tem gosto de mel.