Laycer Tomaz/Agência Câmara
Todo mundo acha que a política brasileira carece de uma reforma que moralize a atividade. Todo mundo, menos Marco Maia:
"Dizer que nós vamos produzir reformas e que a reforma política é a maior prioridade do Parlamento... Eu acho que não tem necessidade disso".
Reforma tributária? Reforma trabalhista? Reforma previdenciária? Reforma disso? Reforma daquilo? Nada a ver, insinua Marco Maia.
"Temos que romper essa visão de que o país só anda com grandes reformas".
Como se vê, o candidato do PT e de Dilma Rousseff à presidência da Câmara enxerga o Brasil como um país feito. Para Marco Maia, não há nada por fazer.
Muitos políticos, a maioria deles, cultivam um apreço apenas retórico pelas reformas. Preferem a política como ela é, corrupta e imperfeita.
O que há de patologicamente corajoso em Marco Maia é o desassombro com que vai à vitrine.