Presentes, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o chefe da Casa Civil Antonio Palocci (PT).
Lá estavam também o ministro petê Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e o líder pemedebê Henrique Eduardo Alves, que andaram se estranhando.
A reunião consumiu duas horas. Ao final, informou-se que as duas legendas foram pacificadas. Fala-se em redução da taxa de mal-estar.
Doravante, nada de guerrear na praça pública dos jornais. Negociação de cargos, só entre quatro paredes.
É o penúltima armistício, antes da retomada do embate. A próxima batalha começa na virada da curva, em fevereiro.
Ouça-se, a propósito, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), bravo soldado da infataria ‘carguista’.
"Já foi definido que haverá uma paralisação nos cargos de segundo escalão até fevereiro...”
“...Então, não adianta ficar batendo todo dia. Tem que baixar um pouco a bola para depois ver se teremos resultado".
No caso de Cunha, “resultado” significa preservar o comando de Furnas Centrais Elétricas, uma trincheira que cavou sob Lula.
Em privado, Dilma Rousseff diz que vai desalojar de Furnas os apadrinhados de Cunha. O petismo fala em “retomada”.
Ou seja: não demora para que a bandeira branca desfraldada nesta terça esteja crivada de balas.
Constantes, as batalhas que opõem PT e PMDB já se incorporaram à normalidade anormal de Brasília.
A troca de chumbo pelo noticiário incomoda ao Planalto. O contribuinte tem outro tipo de incômodo. Essa guerra é integralmente financiada pelo déficit público.