Mais de 26 mil metros cúbicos de madeira foram comercializados.
Multa para envolvidos foi de R$ 17,6 mi e 18 empresas serão investigadas.
Multa para envolvidos foi de R$ 17,6 mi e 18 empresas serão investigadas.
Fiscais do Ibama embargaram nesta terça-feira (1º) um falso Plano de Manejo Florestal Sustentável no Pará, a cerca de 70 quilômetros da cidade de Anapu.
A empresa tinha autorização para extrair mais de 62,5 mil metros cúbicos de madeira de maneira legal, mas usou a permissão para encobrir o desmatamento irregular de outros empreendimentos.
Na região, só havia 2,8 quilômetros de estrada. (Foto: Nelson Feitosa/ Ibama/ Divulgação)
A propriedade vistoriada pelo órgão tem 2,9 mil hectares e 2,8 quilômetros de estradas abertas, além de alguns barracões. As árvores da floresta na região permanecem em pé, mas os proprietários usavam o plano como fachada e emitiam guias florestais para outras empresas, que funcionam ilegalmente.
No total, o Ibama identificou 18 serrarias e madeireiras paraenses envolvidas no esquema. Usando o falso plano de manejo, elas vendiam a madeira como se ela tivesse origem legal, por meio do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora). A quantidade total envolvida nos cadastros soma mais de 26 mil metros cúbicos de madeira.
Segundo o chefe da Divisão Técnica do Ibama, Dennys Pereira, o dano ao meio ambiente é duplo quando um plano de manejo é usado para encobrir desmatamento ilegal de outras empresas. Isso ocorre, de acordo com ele, porque os infratores descartam uma medida legal para explorar a floresta de maneira sustentável e preferem o corte irregular.
O Ibama multou os envolvidos na fraude em R$ 17,6 milhões e também apreenderam um trator na propriedade. As 18 empresas envolvidas no esquema também serão investigadas, segundo o órgão