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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PSDB começa a organizar serra para 2010

PSDB se adianta e monta estrutura de pré-campanha com "cara" de Serra

Embora a candidatura de José Serra ainda não tenha sido formalizada, a estrutura de pré-campanha que o PSDB está montando tem a cara e a chancela, em todas as áreas, do governador de São Paulo.

Sem uma militância organizada e engajada como a do PT, o PSDB aposta numa estratégia de comunicação on-line --a cargo da Loops Mobilização Social-- e já convidou um especialista em marketing digital para a coordenação das ações dos tucanos na internet.

Os dois foram avalizados por Serra. Além do desafio de mobilização de militantes para um partido nascido da vida parlamentar, a Loops se dedicará à captação de doações e ao monitoramento de informações divulgadas na internet, com especial atenção na conversação no ambiente das redes sociais.

Recém-criada por quatro jovens --entre eles, Arnon de Mello, filho do senador Fernando Collor--, a Loops vai atuar sob a coordenação do empresário Sérgio Caruso, da agência Sinc.

Em seu portfolio, a Sinc inclui LG, Citröen e Unibanco entre seus clientes de campanhas realizadas na rede.

A Loops já tem experiência em trabalhos com partidos políticos, pois trabalhou para o PV em 2008 e também deve cuidar da estratégia de mobilização na web da campanha de Fernando Gabeira ao governo do Rio.

Seus diretores foram apresentados a Serra pelo ex-deputado e atual presidente da Emplasa, Márcio Fortes.

Caruso, por sua vez, aproximou-se dos tucanos por intermédio do publicitário José Roberto Vieira da Costa, conhecido como Bob. Fortes e Bob são homens de confiança do governador de São Paulo.

Segundo o secretário-geral do PSDB, Eduardo Jorge Caldeira Pereira, Caruso deverá "gerenciar o projeto de atuação na internet". O PSDB não informou o valor dos contratos.

Há um mês, o partido exibe, em caráter experimental, um blog com munição para militantes. Batizado de "Brasil é com S", oferece argumentos para o debate político.

Isso explica, em boa medida, a preocupação quase nula com o visual: o blog prioriza conteúdo informativo sobre os governos Serra, em São Paulo, e, na esfera federal, FHC e Lula. Os textos são publicados na página em categorias como "Bolsa Família" e "Mensalão".

Desde o ano passado, o PSDB leva ao ar o site "Gente que Mente", sob a responsabilidade da jornalista Cila Schulman. Secretária de comunicação dos governos de Jaime Lerner, no Paraná, Schulman também foi contratada pelo PSDB --o domínio de internet está registrado em nome do próprio partido, o que é bastante raro.

Essas contratações aconteceram à revelia do jornalista Luiz Gonzalez, cotado para assumir a coordenação de comunicação da campanha de Serra.

Fora a equipe de internet, o PSDB está contratando para a assessoria jurídica o advogado Ricardo Penteado. Tradicional colaborador das campanhas de Serra, Penteado atuará nas ações contra o PT em Brasília.

Sua contratação é apontada como mais um indício de que o PSDB monta uma equipe afinada com Serra. Além de uma amostra da disposição de oferecer uma boa estrutura, o movimento do PSDB é uma tentativa de tornar irreversível a candidatura de Serra. Com sua equipe montada, o governador nem poderia pensar em desistir da disputa.

Fonte: UOL

São Paulo estreia na libertadores com derrota


 Tinha tudo para ser uma noite boa para o São Paulo . Além de mostrar em campo, no primeiro tempo, superioridade técnica sobre o anfitrião Once Caldas, o goleiro Rogério Ceni entrava para a história. Com o gol de falta aos 33 minutos, tornava-se o maior artilheiro isolado do clube na Taça Libertadores, com 11 tentos. Mas, na segunda etapa, o time comandado por Milton Cruz caiu de produção, foi derrotado pelo dono da casa, de virada, por 2 a 1 - gols de Uribe e Moreno -, na noite desta quinta-feira, no estádio Palogrande, em Manizales, e perdeu a liderança.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Kassab é perseguido pelo PT

O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) escreveu neste domingo em sua página na rede de microblogs Twitter que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, sofre perseguição da Justiça e do Partido dos Trabalhadores (PT). "Kassab é vítima, perseguido pelos petistas expulsos da prefeitura pelas urnas. O PT falhou na administração e agora tenta de tudo", disse em resposta a um internauta. Em outro momento o parlamentar escreve: "Kassab não é ficha suja. Existe caso transitado em julgado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O juiz perseguiu Kassab."

As afirmações foram respostas a internautas que questionavam o deputado a respeito da cassação do mandato do prefeito pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por doações consideradas ilegais de recursos durante a campanha eleitoral de 2008.

Para o deputado do DEM, a condenação tem o objetivo de desgastar ainda mais a imagem do prefeito, já abalada por casos como a elevação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da tarifa de ônibus, além das constantes enchentes na cidade. "É apenas para gerar manchetes negativas e desgastar", lamenta. Como outros membros do partido, ele se disse confiante de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai derrubar a decisão de primeira instância. Ele argumenta que o TSE rejeitou uma ação de igual teor contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: veja.com.br

Eleitores sem memoria, politicos sem partidos

A mídia descobriu, pela enésima vez, a "amnésia eleitoral". O Instituto Data Rio divulgou dados que mostram que somente 4% dos votantes sabiam em quem votaram para deputado federal e, em igual percentagem, para deputado estadual. Embora exista uma clara correlação entre nível educacional e lembrança, um comentarista dos dados, Pedro Fernandes, nos lembra de que 53% dos que possuem educação superior não se lembravam em quem votaram - segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. Fernandes lembra a responsabilidade dos políticos, que contribuiriam para o esquecimento.

Sem dúvida; porém, outros fatores pesam. A experiência dos estudos policiais e criminológicos mostra que, nos alinhamentos para identificação de testemunhas, o número de pessoas colocadas no alinhamento influencia o resultado. O número conta: quanto maior, mais erros. Experimentos desse tipo minaram a fé na prova testemunhal. Fica pior: brancos identificando negros erram mais do que brancos identificando brancos, provando que há um aspecto relacional que afeta a qualidade do testemunho. A identificação funciona melhor entre semelhantes.

O esquecimento eleitoral não opera num vácuo de instituições. As instituições e as legislações eleitoral e partidárias podem facilitar ou dificultar o esquecimento. No Brasil, facilitam.

A "amnésia eleitoral" não começa depois das eleições: começa antes. Há dois anos, Jairo Nicolau (Iuperj) alertava para pesquisas feitas pelo Ibope e pelo Datafolha, em grandes capitais, próxima das eleições: "o percentual de eleitores que disseram não saber em quem votar na pergunta espontânea, em algumas das capitais... é muito alto, oscilando entre cerca de 30% e 80%." Os dados permitiam concluir que o problema era nacional e não do nosso Rio. Com 66%, estávamos próximos do Recife (58%); de Porto Alegre (61%) e abaixo de Belo Horizonte (79%). Não sabiam em quem votariam, deixando ver que não havia uma relação forte com candidato ou com partido.

O sistema eleitoral se impõe como variável invisível, mas de muito peso, sobre a memória do votante. O sistema partidário também pesa sobre os resultados. Além da amnésia individual, há uma amnésia partidária.
A permanência dos políticos num só partido favorece a identificação, por parte da população. Porém, os políticos mudam muito de partido. Como exemplo, o ex-governador Garotinho, se bem me lembro, já esteve no PDT, no PT, no PSB, PMDB e atualmente milita no PR. A pouca significação dos partidos não é um fenômeno obrigatório, da natureza, mas consequência da pouca significação atribuída a eles por parte significativa dos políticos.

O alto número de partidos e de candidatos por vaga conspira contra o voto responsável e contra a memória. Ari Ferreira de Queiroz, em interessante artigo, comenta que, em Goiânia, em 2004, concorreram às eleições para vereador nada menos do que 27 partidos, coligados ou não. É o esfarelamento partidário. Desses, 13 não elegeram ninguém. Quantos desses 27 comandam uma parcela significativa das identificações e preferências do eleitorado? Não são partidos políticos; são legendas de aluguel. Havia vinte candidatos para cada vaga de vereador, mas somente quatro candidatos a prefeito. Fica pior: o artigo 10 da Lei das Eleições estabelece que cada partido pode registrar até 150% do número de cadeiras disponíveis na Câmara Municipal. É uma aberração aritmética que permite a um hipotético partido receber todos os votos e deixar de eleger um terço dos candidatos que apresentou.

No segundo turno das eleições majoritárias há somente dois candidatos e a memória é superior.

O olhar institucional não termina aí: ainda é fácil trocar de partido. Nosso sistema pensou os mandatos como propriedade do eleito e não do partido que o elegeu. Houve mudança legislativa para reduzir a migração que, eleição trás eleição, se observa na direção do Executivo. Porém, acordos internos esvaziaram essa legislação benéfica. Esses acordos anulam a oposição, enfraquecem o Legislativo, e fortalecem o Executivo.

Fica ainda pior: mesmo sem migrar de partido, os votos e o apoio dentro da Casa migram na direção do Executivo e os partidos dispõem de poucos instrumentos para manter um mínimo de fidelidade partidária. Essa prática também enfraquece o Legislativo.

Podemos ir além: nossas leis e cultura política concedem supremacia ao Executivo, tornando o Legislativo pouco relevante. No Brasil, o Executivo pode legislar diretamente, através de medidas provisórias, ou propor legislação que raramente é rejeitada. O contraste é grande, por exemplo, com os Estados Unidos, que levam o equilíbrio entre os poderes a sério. O Executivo não pode apresentar projetos de lei diretamente; só pode fazê-lo através de seus legisladores. Comparativamente, os legisladores brasileiros quase não legislam.

Assim, olhar para a amnésia eleitoral como um problema do eleitor ou mesmo da pobre ou inexistente relação entre o eleitor e o eleito, conduz à condenação dos dois. É injusto, porque a amnésia varia com a legislação e as instituições políticas, eleitorais e partidárias. Não podemos julgar e apedrejar eleitores se o sistema dificulta a identificação partidária e reduz o Legislativo à condição de coadjuvante político.
Tem jeito! Mas o jeito passa pela reforma política.

Fonte: Gláucio D. Soares / O Globo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

PSDB com as barbas de molho

Desde a noite de sábado, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), acompanha, apreensivo, os desdobramentos da cassação do mandato do prefeito Gilberto Kassab, com quem conversou ao telefone, informa a reportagem de Catia Seabra, publicada nesta segunda-feira (22) pela Folha.

Entre tucanos e democratas, a orientação foi a de evitar contaminação política, restringindo o problema ao campo técnico.

Embora concordem que Kassab não afrontou a lei, a controvérsia preocupa serristas por coincidir com um inferno astral experimentado pelo DEM e pelo prefeito.

Além da prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), as seguidas enchentes enfrentadas pela população paulistana provocaram desgaste na administração Kassab num momento em que Serra reúne coragem para trocar a hipótese de reeleição por uma disputa que promete ser difícil pela Presidência da República.
Fora isso, o próprio Serra reclamou pessoalmente com Kassab de duas medidas impopulares adotadas pela gestão: o reajuste do IPTU e das tarifas de ônibus. Segundo tucanos, Serra se queixa especialmente do fato de o anúncio ter sido previamente antecipado, "sangrando" por dias

DEM em decomposição

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e da vice Alda Marco Antonio (PMDB) por doações consideradas ilegais durante a campanha eleitoral de 2008. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira. A partir da publicação da sentença, começa a contar o prazo de três dias para o recurso dos acusados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em nota, os advogados de defesa do prefeito de Sâo Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmam que o motivo alegado para a suposta cassação do mandato do político já foi derrotado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados de Kassab dizem que a tese que embasa a sentença do juiz foi derrotada no Tribunal Superior Eleitoral por várias vezes desde 2006 e, segundo a defesa, deveria ser acatada pelas instâncias inferiores. A defesa afirmou que recorrerá da decisão judicial tão logo seja publicada a sentença.

DEM em decomposição

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e da vice Alda Marco Antonio (PMDB) por doações consideradas ilegais durante a campanha eleitoral de 2008. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira. A partir da publicação da sentença, começa a contar o prazo de três dias para o recurso dos acusados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em nota, os advogados de defesa do prefeito de Sâo Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmam que o motivo alegado para a suposta cassação do mandato do político já foi derrotado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados de Kassab dizem que a tese que embasa a sentença do juiz foi derrotada no Tribunal Superior Eleitoral por várias vezes desde 2006 e, segundo a defesa, deveria ser acatada pelas instâncias inferiores. A defesa afirmou que recorrerá da decisão judicial tão logo seja publicada a sentença

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Pouco tempo e grande profundidade

O tempo de conversão deveria corresponder à maturidade espiritual. Verdade é que isto não acontece em muitos casos. O que vemos são muitos crentes, mesmo tendo vários anos de conversão, agindo de forma imatura. Também vemos o contrário, crentes com pouco tempo de conversão demonstrando maturidade sobremodo elevada.

A Bíblia nos mostra este fato, e talvez o exemplo mais marcante seja o do ladrão na cruz. Lucas 23.39-42 conta-nos que um dos ladrões que foram crucificados com Jesus blasfemava contra ele dizendo que se ele era o Cristo devia salvar-se a si mesmo e também a eles. O outro ladrão o repreendeu e deu um impressionante testemunho de conversão.

Somos tentados a pensar que este ladrão era bonzinho comparado ao outro que era mau. Achamos que a diferença entre os dois era algo que ambos já nutriam durante suas vidas. Um era mau e o outro não era tão mau assim, por isso na cruz um blasfemou e o outro demonstrou crer em Jesus.

A Bíblia, porém não nos permite este pensamento. Mateus 27.39-44 fala-nos que as pessoas que passavam por Jesus na hora da crucificação blasfemavam contra ele. Também os principais sacerdotes e escribas escarneciam de Jesus. O versículo 44 diz que os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele. Marcos 15.32 diz que os que com ele foram crucificados o insultavam. Portanto ambos os ladrões eram iguais. Um não era melhor do que o outro como somos tentados a pensar. Ambos eram maus.

Durante aquelas poucas horas da crucificação um deles foi transformado pela graça de Deus e passou a agir de forma diferente. Lucas nos fala com clareza sobre como aquele ladrão mudou.
A primeira atitude dele foi defender seu Salvador. Ele não aceitou que seu companheiro de cruz continuasse ofendendo a Jesus daquela forma e o repreendeu: Nem ao menos temes a Deus estando sob igual sentença? (v.40) O verdadeiro servo de Deus defende os interesses de Deus. Davi enfrentou Golias porque estava defendendo os interesses do Deus de Israel.

A segunda atitude dele foi demonstrar o conceito de justiça de Deus. Ele reconheceu que estava sendo crucificado porque merecera isto. Muitos quando estão em situações desagradáveis acham injusto que algo esteja acontecendo com elas. Perguntam o que fizeram para merecer aquilo. Aquele homem na cruz disse: Nós na verdade com justiça recebemos o castigo que os nossos atos merecem. (v.41) Estar pregado na cruz era uma situação dolorosa e vergonhosa, porém ele reconheceu que merecia aquilo. Quando alguém reconhece seu pecado sabe que tudo o que vier a acontecer com ele não pode ser injusto, visto ser ele um pecador que ofendeu a Deus.

A terceira atitude dele foi reconhecer que Jesus é inculpável. No mesmo verso 41 ele disse que Jesus não tinha feito mal algum. Momentos antes ele estava blasfemando e insultando Jesus, mas agora ele está defendendo a santidade, a pureza e a inculpabilidade de Jesus. Ele reconheceu: Eu sou pecador, Jesus é Santo.

A quarta atitude dele foi reconhecer o Senhorio de Jesus. Ele pediu humildemente a Jesus: Lembra-te de mim quando vieres no teu reino. (v.42) Ele não pediu que Jesus o tirasse daquela cruz, não pediu que Jesus o livrasse da dor que estava sentindo ou da vergonha pela qual estava passando. Somente pediu que Jesus lembrasse-se dele quando viesse em Seu reino. Muitos não querem que Jesus reine sobre suas vidas, orgulhosamente querem exercer o controle. Ele não somente reconheceu que Jesus é rei como humildemente pediu que Ele se lembrasse dele. Ele reconheceu algo que aquela multidão não havia reconhecido e que por isso estava crucificando Jesus: Ele é Rei, tem um reino e virá reinar neste mundo.

Jesus certamente surpreendeu aquele homem em sua resposta. Ele havia pedido algo para o futuro e Jesus lhe disse: Hoje estarás comigo no paraíso. (v.43) Antes de Jesus voltar para reinar ele estaria aguardando este grande dia no paraíso. Jesus deixou claro que aquele homem se tornara um verdadeiro servo Seu, e que toda a mudança demonstrada naquelas poucas horas foram verdadeiras e profundas. Aquele homem foi crente aqui neste mundo somente por aqueles instantes, mas sua vida espiritual foi extremamente profunda. Sua vida cristã neste mundo teve pouco tempo e grande profundidade

Voce tem somente uma Vida Preciosa

Se todas as variáveis são iguais, a sua capacidade de conhecer a Deus talvez diminuirá profundamente em proporção a quanto tempo você assiste à televisão. Há várias razões para isto. Uma das razões é que a televisão reflete nossa cultura em sua maior trivialidade. E uma dieta permanente de trivialidade arruína a alma. Você se acostuma com ela. Começa parecendo normal. Aquilo que é tolo se torna divertido. E o divertido se torna agradável. E o agradável se torna satisfatório à alma. E, no final, a alma que é criada para Deus, desceu ao ponto de satisfazer-se comodamente em trivialidades.

Talvez isto não seja percebido, porque, se tudo o que você conhece é a nossa cultura, não pode perceber que há alguma coisa errada. Quando se lê apenas revistas em quadrinhos, não é de se estranhar que não haja qualquer boa literaturaem casa. Quem vive onde não há estações, não sente saudades das cores do outono. Quem assiste a cinqüenta comerciais de televisão, todas as noites, talvez esqueça que existe uma coisa chamada sabedoria. Na maior parte de sua programação, a televisão é trivial. Raramente ela inspira grandes pensamentos ou fortes sentimentos com vislumbres de grandes verdades. Deus é a Realidade absoluta e suprema, que modela todas as coisas. Se Ele obtém algum tempo de transmissão, é tratado como uma opinião. Não há reverência. Não há tremor. Deus e tudo que Ele pensa a respeito do mundo está ausente da televisão. Alienadas de Deus, todas as coisas se encaminham a ruína.

Pense em quão nova é a televisão. Nestes 2.000 anos de história desde a vinda de Cristo, a televisão tem moldado apenas os últimos 2,5% dessa história. Nos outros 97,5% do tempo desde a vinda de Jesus, não havia televisão. E, durante 95% desse tempo, não havia rádio. O rádio entrou em cena no início dos anos 1900. Portanto, durante 1.900 anos de história cristã, as pessoas gastaram seu tempo livre fazendo outras coisas. Perguntamos a nós mesmos: o que elas fizeram? Talvez liam mais. Ou conversavam mais sobre as coisas. Com certeza, elas não foram bombardeadas com trivialidades prejudiciais à alma, transmitidas durante todo o dia.

Você já perguntou: “O que poderíamos fazer que é realmente de valor, se não assistíssemos a televisão?” Observe: não estamos refletindo apenas sobre o que a televisão nos faz com seus rios de vacuidade, mas também sobre o que ela nos impede de fazer. Por que você não faz uma experiência? Faça uma lista do que você poderia realizar, se usasse o tempo que gasta assistindo a televisão e o dedicasse a outra coisa. Por exemplo:

1. Você poderia ser inspirado a uma grande realização por aprender sobre a vida de Amy Carmichael, uma mulher nobre e piedosa, e sobre a coragem dela ao servir sozinha às crianças da Índia. De onde vêm esses sonhos radicais? Não vêm de assistirmos à televisão. Abra sua alma para que ela seja dilatada por meio de uma indescritível vida de consagração a uma grande causa.

2. Você poderia ser inspirado pela biografia de um homem de negócios, ou de um médico, ou de uma enfermeira, para obter a habilidade de abençoar outros com a excelência de uma profissão dedicada a um alvo mais elevado do que qualquer coisa que a televisão recomenda sem jamais incluir a Jesus.

3. Poderia memorizar o oitavo capítulo da Carta aos Romanos e penetrar nas profundezas da percepção de Paulo quanto à pessoa de Deus. E, ainda, descobrir o precioso poder da memorização das Escrituras em sua vida e seu ministério. Ninguém pode avaliar o poder que viria a uma igreja, se todos os seus membros desligassem a televisão por um mês e dedicassem o mesmo tempo à memorização das Escrituras.

4. Poderia escrever uma poesia simples ou uma carta para um parente, um filho, um amigo ou um colega, expressando profunda gratidão pela vida deles ou anelos em relação a alma deles.

5. Poderia fazer um bolo ou um prato especial para os vizinhos e entregá-lo com um sorriso e um convite de virem à sua casa, para se conhecerem mutuamente.

Portanto, existem muitas razões para se tentar um jejum de televisão ou simplesmente afastarmo-nos dela por completo. Não temos possuído um aparelho de televisão por trinta e quatro anos, exceto por três anos, quando estivemos na Alemanha e o usamos para aprender o idioma. Não existe virtude inerente nisto. Menciono-o apenas para provar que podemos criar cinco filhos sensíveis à cultura e informados biblicamente sem a televisão. Eles nunca se queixaram disso. Na verdade, freqüentemente se admiram com o fato de que pessoas conseguem encontrar tanto tempo para assistirem a televisão.