Chegou ao fim o processo judicial em tramite, desde 1989 na Justiça Federal, que obrigava a Eletronorte a comprar terras para compensar a área que os índios Akrãnkykatejê, conhecidos como Gavião da Montanha, perderam com a construção da usina hidrelétrica de Tucuruí. A Eletronorte entrou com recurso protelatório alegando que não tem os dados para comprar as terras indicadas pela Justiça.
A ordem judicial data de junho de 2010 mas, em vez de cumpri-la, a Eletronorte interpôs no mês passado, ‘Embargos de Declaração’, tipo de recurso cabível apenas para esclarecer dúvidas quanto a uma sentença. ‘A leitura dos embargos revela o intuito meramente protelatório, como forma de adiar o efetivo cumprimento da ordem judicial emanada’, afirma o procurador da República Felício Pontes Junior na manifestação à Justiça.