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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Túnel para resgate de mineiros no Chile começa a ser perfurado

Engenheiros no Chile começaram a escavar na noite de segunda-feira o túnel que será usado para retirar os 33 mineiros que estão soterrados há três semanas em uma mina no norte do país.
As autoridades acreditam que o túnel precisará de três a quatro meses para ser concluído.
Uma escavadora Strata 950 começou a perfurar o solo para construção do túnel na segunda-feira à noite.
O túnel terá aproximadamente 60 centímetros de largura. Quando ele for concluído, uma gaiola será içada para baixo, para resgatar cada mineiro, um a um.
O ministro de Mineração do Chile, Laurence Golborne, disse que dez alternativas de resgate estão em estudo pelos engenheiros. Ele negou que seja possível resgatar os mineiros em apenas um mês.
Saúde
Alguns dos mineiros estão com infecções e feridas provocadas pelo calor superior a 30 graus. Outro problema é a umidade no refúgio onde eles se encontram, dentro da mina.
"Podem ocorrer epidemias ou microepidemias muito graves. Temos que preveni-las", disse à BBC o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.
O Ministério da Saúde concluiu na segunda-feira uma análise física, médica e mental dos mineiros. Cada mineiro já perdeu, em média, dez quilos.
"Demos a eles medicamentos, fizemos exames, medimos a pressão, pulso, temperatura e circunferência abdominal todos os dias", disse Mañalich.
Os médicos acreditam que a fase de recuperação física já foi concluída, depois que os mineiros passaram dez dias racionando alimentos. Agora, segundo os especialistas, começa a fase de estabilidade.
Uma das maiores preocupações das autoridades é evitar que eles fiquem desidratados. Os mineiros têm recebido água potável pelos três estreitos túneis usados para comunicação com a superfície.
Para ajudar a manter o equilíbrio mental, as autoridades vão pedir que os mineiros ajudem no seu próprio resgate, retirando os entulhos produzidos pela escavadora.
Os mineiros também estão sendo estimulados a manter um ciclo de dia e noite, com luz artificial dentro da mina.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

José Dirceu, o expurgado

Shot008
Hoje à tarde, em entrevista em São Paulo, Dilma Rousseff praticamente expurgou José Dirceu de um provável futuro governo.
Ao ser questionada sobre a probabilidade dele ocupar algum cargo na República, caso seja eleita, Dilma respondeu não achar “muito provável”.
A petista tratou de arredar a falada influencia de Dirceu em sua campanha: “Ele é um militante do PT, tem o direito de participar lá no PT”.
O “lá no PT” soou como um desejo, pelo menos ao distinto público, de que o ex-ministro se mantenha a uma distancia mais que regulamentar dela.
Isto é um aceno mais do que obsequioso à Antonio Palocci que, com as declarações, resta como o timoneiro mor da nau comandada por Dilma.
Ao contrário de Palocci, Dirceu articulou mal o seu retorno e deveria submergir novamente

QUEIMADAS CRIMINOSAS NO PARÁ


Fotos: Ibama/Divulgação

Ibama aplica R$ 726 mil em multas por queimada ilegal no oeste do Pará

O Ibama multou essa semana sete proprietários rurais por queimada ilegal nos municípios de Novo Progresso e Altamira, no oeste do Pará. Juntos, eles colocaram fogo sem autorização do órgão ambiental em 724,91 hectares de pastos e florestas em regeneração. Além de ter as áreas embargadas, os proprietários foram multados em R$ 726 mil.

Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Santarém, Givanildo dos Santos Lima, os municípios com mais incidência de queimadas no oeste do estado são Novo Progresso, Altamira e Itaituba.

“Vamos autuar as propriedades que tiverem focos de incêndio, estas são apenas as primeiras”, disse ele, que enviou mais fiscais à região, onde equipes do Ibama realizam desde junho a Operação Retorno de combate ao desmatamento ilegal.

Usar fogo para manejar ou implantar pastagens é ilegal. Uma queimada só pode ser feita de forma controlada, após ser emitida autorização do órgão ambiental competente, que no caso do Pará é a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O valor da multa por queimada irregular é de R$ 1 mil por hectare mais o embargo da área onde houve o crime ambiental

QUEIMADAS CRIMINOSAS NO PARÁ


Ibama já aplicou cerca de R$ 11,5 mi em multas por queimada ilegal no Pará

O Ibama já aplicou desde o início do período de estiagem cerca de R$ 11,5 milhões em multas por queimada ilegal e desmatamento com uso de fogo no Pará. No sudeste do estado, onde acontece desde 9 de agosto a Operação Hefesto, um único proprietário foi multado em R$ 5,1 milhões por ter derrubado e queimado 683 hectares de florestas no município de Santa Maria das Barreiras. Os fiscais do órgão ambiental ainda embargaram a área, que não poderá mais ser utilizada pelo infrator.

Outras 13 propriedades também foram multadas na região, desta vez por queimadas ilegais em Redenção, Santana do Araguaia e ainda Santa Maria das Barreiras. As multas somaram cerca de R$ 300 mil e as áreas também foram embargadas.

Segundo o Ibama, o grande número de assentamentos, invasões de terras e empreendimentos agropecuários que vem utilizam ilegalmente as queimadas para manejar suas pastagens, aliado às dificuldades de acesso até as propriedades a serem autuadas, deverá manter a Operação Hefesto por vários meses no sul e sudeste do estado. “Até as pontes estão sendo destruídas pelo fogo”, diz o coordenador da operação, Rômulo Neto.

Incêndio florestal
O Prevfogo ajuda a combater desde quinta-feira (19/08) um incêndio florestal na Reserva Indígena Xikrin do Cateté, que envolve os municípios de Tucumã, Xinguara e Parauapebas, no sudeste do estado. Os 29 brigadistas em ação vieram da brigada de Cumaru do Norte e da Reserva Indígena Mãe Maria, formada por brigadistas índios. A operação conta também com 10 homens do Corpo de Bombeiros. Dois focos de fogo já estão em fase de extinção e um ainda não foi controlado, justamente o mais isolado, a 32 km da aldeia dos Xikrin. Em São Geraldo do Araguaia, o Prevfogo combate com a brigada instalada no município vários focos de fogo no Parque Estadual da Serra das Andorinhas, na fronteira com o Tocantins

MANEJO FLORESTAL LUCRATIVO


Imagem da Nasa mostra foz do Rio Amazonas com Ilha de Marajó,
que foi base do estudo sobre manejo, à direita. (Foto: Nasa/divulgação)

Manejo florestal pode render mais que pecuária e cultivo de grãos, diz estudo

Técnica permite explorar a mata e deixar que ela se recupere.
Levantamento foi feito na Ilha de Marajó.

Levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor) aponta que, quando respeitadas as leis ambientais e trabalhistas, o manejo florestal é mais lucrativo que a pecuária extensiva e o cultivo de grãos na Amazônia.

De acordo com o professor Antônio Cordeiro, que coordenou o estudo, cada hectare (10 mil metros quadrados) de floresta amazônica pode render R$ 22,05 com manejo florestal por ano, em comparação com R$ 6,00 da pecuária e R$ 14,00 das lavoura de grãos. “A ideia é que as entidades financiadoras que não conhecem essa rentabilidade, disponibilizem linhas de crédito para a exploração florestal”, explica.

O manejo florestal consiste na exploração planejada e controlada da mata, de forma a permitir que se recupere, reduzindo o impacto ambiental. O estudo foi feito para orientar os processos de concessão de manejo em florestas públicas estaduais no Pará. O mercado local de madeira em tora foi usado como referência para estabelecer o preço da floresta em pé a ser manejada. O valor médio da madeira em pé foi estimado em R$ 27,20 por metro cúbico.

Cordeiro destaca que a pesquisa foi feita na região da Ilha do Marajó, nos municípios de Bagre, Chaves, Afuá, Portel e Juruti, que proporcionalmente tem menos madeiras nobres que outras partes do Pará, e que, ainda assim, o manejo se mostrou rentável. “Ali há alto índice de madeira branca, que tem menor valor e é muito usada para laminado e compensado”, explica.

A comparação com a agricultura e a pecuária foi feita considerando os custos de cumprir as leis ambientais e pagar os trabalhadores corretamente, o que muitas vezes não ocorre nessas atividades no Pará. Os casos de trabalho análogo ao escravo ou com remuneração abaixo da mínima, por exemplo, são comuns em algumas fazendas de gado. Sem cumprir a legislação, explica Cordeiro, a pecuária é mais rentável que o manejo, mas não é sustentável ambientalmente.

fonte: Globo Amazônia

Serra tenta pegar carona no êxito de Aécio em Minas

  Rodrigo Lima/NitroJosé Serra voltou a Minas nesta segunda (30). Desfilou sua candidatura na cidade de Varginha, ao lado de Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Em declínio nas pesquisas, Serra tenta pegar carona na ascensão de Anastasia, candidato tucano ao governo mineiro.

Empurrado pela popularidade de Aécio, Anastasia marcha sobre o rival Hélio Costa (PMDB), que escora sua campanha em Lula.

Dá-se em Minas um fenômeno eleitoral semelhante ao verificado em praças como São Paulo e Paraná.

Nesses três Estados, os candidatos tucanos –Anastasia, Geraldo Alckmin e Beto Richa— sustentam-se nas pesquisas a apesar de Lula.

Anastasia, Alckmin e Richa exibem a musculatura a despeito do derretimento de Serra, ultrapassado por Dilma Rousseff, a pupila de Lula, em todos os Estados.

Nadando contra a maré de pessimismo, Serra se esforçou para manter a guarda levantada em Varginha:

"O crescimento da campanha [de Anastasia] é muito bom para Minas, para o Brasil, para o partido e para mim", disse.

"Para onde forem Aécio e Anastasia, eu irei junto", acrescentou. O diabo é que, tomado pelas pesquisas, o eleitorado parece sinalizar o contrário.

Em timbre mais cauteloso, Aécio ecoou Serra. Também acha que o crescimento de Anastasia pode beneficiar o presidenciável tucano. Porém...

Porém, Aécio soou mais realista. Disse que a briga agora é para levar a eleição nacional para o segundo turno, para “zerar” a disputa.

Fácil não é, reconheceu, mas considera possível: "Essa nunca foi uma eleição fácil para nós, mas está longe de ser uma eleição perdida". Evitou brigar com o óbvio:

"O que estamos assistindo é que, realmente, a presença do presidente Lula em nível nacional, no que diz respeito à candidatura majoritária federal, influenciou muito”.

Como reverter? Para Aécio, é preciso ousar: "Acho que o mais importante é que a sua comunicação [de Serra] para o país inteiro seja um pouco mais ousada”.

Como assim? Precisa apontar “diferenças mais claras em relação às propostas do atual governo".

Serra tem tentado firmar-se como continuador do legado de Lula. Uma bandeira que Dilma segura com mais naturalidade do que ele.

Enquanto Serra se empenha para surfar no crescimento de Anastasia, Hélio Costa age para subverter a maré.

O tucanato mineiro levou à web o vídeo “pula-pula”. A peça capitaliza a mudança de humores do eleitorado mineiro, tentando converter em tsunami o que parece ser uma onda.

Para evitar que o cenário adverso se converta em tempestade tucana, o comitê de Hélio Costa pede socorro a Lula.

Nesta terça (31), o petê Patrus Ananias, ex-ministro do Bolsa Família e candidato a vice na chapa de Hélio, vai a Brasília.

Patrus agendou uma conversa com Lula. O presidente comprometera-se a gravar nova mensagem de apoio à chapa mineira.

O ex-ministro pedirá ao presidente que, nessa gravação, faça menção explícita a Anastasia, desaconselhando o voto nele.

De resto, deseja que Lula vá a Minas pelo menos cinco vezes até o dia da eleição, convertendo a disputa local numa espécie de “mãe de todas as batalhas”.

Aécio dá de ombros. Realça: “Estamos assistindo que ele [Lula] acaba tendo uma capacidade maior de transferência dos votos na questão nacional do que nas questões estaduais onde o governo é bem avaliado”.

Daí, segundo Aécio, a resistência do tucanato em São Paulo, Paraná e Minas.

O Liberal não mostra pesquisa ao Senado

1ª pesquisa Ibope para governo do Pará

Shot008
Os números revelam a recandidata Ana Júlia 10 pontos percentuais abaixo do primeiro colocado, Simão Jatene.
O tucano tem exatamente a soma dos percentuais dos demais candidatos o que o coloca com probabilidade, embora remota, de vitória em primeiro turno.
A pesquisa também mediu a rejeição dos candidatos. A maior rejeição é de Ana Júlia e a menor é de Fernando Carneiro:
Shot007Segundo o Ibope, a governadora Ana Júlia registra sua maior rejeição em Belém: 47%.
A margem de erro da pesquisa, realizada de 24 a 26 de agosto, é de 3 pontos percentuais.
O Grupo Liberal não publicou a pesquisa para o Senado

sábado, 28 de agosto de 2010

"Frente Popular Acelera Pará" Entra na Justiça para não ser divulga a Pequisa IBOPE

É lícito intuir que a recandidata Ana Julia não tenha boas expectativas com o resultado da pesquisa que a TV Liberal encomendou ao Ibope e que seria publicada neste final de semana.

A "Frente Popular Acelera Pará", ao requerer cautelarmente a suspensão da publicação, que foi concedida, liminarmente, pela Justiça Eleitoral, confessa a supra citada apreensão.

Como cabe recurso da decisão do juiz que concedeu a liminar, é possível que esta venha a ser revogada pelo TRE-PA e a pesquisa seja publicada.

É provável, ainda, que o resultado do Ibope derrame pelas beiradas e amanheça nas esquinas

Lula afirma que ainda tem ‘caneta para fazer miséria’

Lula afirma que ainda tem ‘caneta para fazer miséria’

Em pleno ocaso, a escassos quatro meses e três dias de deixar o governo, Lula expediu, em comício realizado na cidade de Recife, um aviso à oposição. 
Em meio a estocadas nos rivais e a pedidos de voto para os aliados, disse: "Tem caneta ainda para pintar miséria nesse país".

Lula escalou o palanque pernambucano na noite passada. Ali, no torrão natal, com o tinteiro da popularidade pela tampa, sua aprovação roça a unanimidade.

Considerando-se os dados das pesquisas, o evento de campanha era desnecessário. Mas Lula não deseja apenas o êxito. Ele aspira a asfixia da oposição.

Ao lado de Dilma Rousseff, pediu votos para a pupila. Abusou do lero-lero maternal que adotou como marca (assista no vídeo lá do alto).

Discorreu sobre a falta de sentido do preconceito contra as mulheres. Enalteceu-lhes o papel de “mãe”, que se desdobra para grudar em sua candidata.

Seu discurso soou supérfluo. Em Pernambuco, diz o Datafolha, Dilma ostenta vantagem de 41 pontos percentuais sobre José Serra –62% a 21%.

É mais do que o próprio Lula obteve contra o mesmo Serra em 2002. Mas ele ainda acha pouco. Disse que deseja para Dilma  maior votação da história.

Reiterou o apoio ao governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. De novo, uma demasia.

No último Datafolha, Eduardo, que governa com a caneta ensopada de tinta federal, abriu 50 pontos sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB) –67% a 19%.

Lula espezinhou Jarbas, um de seus mais ferozes críticos: "Se continuar do jeito que está, o adversário dele vai ter que pagar ponto do Ibope para ele".

O presidente encomendou votos para os seus candidatos ao Senado: Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB). Desnecesário.

Tomado pelo Datafolha, o petê Humberto (44%) lidera a disputa pelos dois assentos de senador reservados a Pernambuco.

O petebê Armando (29%), em curva ascendente, encostou no ‘demo’ Marco Maciel (33%), que largara na corrida com índice de 40%.

Como que decidido a reduzir o ex-favorito Maciel à condição de humilhado, Lula dirigiu uma pergunta à audiência:

"No tempo que ele era vice-presidente [da República], o que foi que ele trouxe para pernambuco?" E a platéia, em uníssono: “Naaaaada”.

Lula reservou uma palavra de desapreço até para quem não parece constituir uma ameaça ao seu projeto de hegemonia.

Referiu-se a Raul Jungmann (PPS), candidato ao Senado com 11% das intenções de voto, como "aquele menorzinho".

Emendou: "Pernambuco de Arraes, de Frei Caneca e de Eduado Campos não pode votar nesse tipo de gente".

Encareceu à audiência que opte também pelos candidatos a deputado de sua coligação –os federais e os estaduais.

Nesse ponto, pespegou no “tipo de gente” que milita na oposição um adjetivo de carga eloquentemente pejorativa: “Picaretas”.

Antes do compromisso eleitoral, Lula cumprira, em Pernambuco, uma agenda pseudoadministrativa. Passara por Caruaru e Ipojuca.

Visitou as obras da refinaria Abreu e Lima e inaugurou um gasoduto, empreendimento do PAC. Subiu num pa©lanque.  

Em discurso com cara de pa©tóide, tornou impossível distinguir o chefe de Estado do cabo eleitoral.

Diante do microfone, os dois personagens se diluem numa mistura auto-promocional que leva a um processo de fusão administrativo-eleitoreira a frio (assista abaixo).


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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Primeiro debate no Pará

Primeiro debate no Pará foi ... muito sem graça


Deu até sono. Vimos um debate de despreparados.

Por que a Band mandou um mediador tão ruim? A RBA e nós não merecíamos. Sandro Barboza, esse é o nome do "freio-puxado" que comandou o debate. Errou diversas vezes. Chamou de Juvenil para Jatene, pulou perguntas, gaguejou muito, dentre outras falhas básicas. Tudo isso permeado por uma voz de dar sono e um ritmo de tataruga.

Os candidatos favoritos também não ajudaram. A maioria parecia estar com uma "batata quente" na hora das respostas, loucos para passá-la ao outro. Foi comum não aproveitarem os 1:30 minutos que tinham, finalizando a resposta antes. Será que não tinham o que falar?

Esperava-se uma postura mais efusiva de Simão Jatene. Parece que estava com as "pilhas fracas". Não aproveitou melhor suas perguntas. Perdeu chances de criticar mais o governo atual, comparando com sua gestão. Acho que os tucanos esperavam mais dele. De uma forma geral, não ganhou nada, mas também não perdeu. Ou melhor, perdeu oportunidade de tentar se diferenciar.

Ana Júlia continua com as dificuldades de oralidade que já conhecemos desde 2004. Pensa mais rápido do que fala, deixando frases não concluídas, dificultando o entendimento de seu discurso. Disse que recebeu dos tucanos o governo quebrado e que já fez muito, ajudando todos os municípios, independente do partido do prefeito. Mas, não convenceu muito não. Não somou, mas também não diminuiu sua imagem.

Domingos Juvenil parecia meio perdido e desconfortável. Não sabia para onde olhar. O PMDB perdeu a chance de ter um Priante (muito mais articulado) ou até mesmo o Hildegardo, que tem melhor desempenho na frente da TV. Juvenil foi muito mal. Não defendeu bem suas posições, parecendo mesmo despreparado. Não disse o que foi fazer no debate. Saiu ainda menor do que entrou.

A grata surpresa foi Fernando Carneiro do PSOL. No início parecia meio nervoso, mas no segundo bloco já estava mais equilibrado e expôs muito bem suas posições. Com idéias bem articuladas, e boa oralidade (apesar da voz meio aguda), surpreendeu seus adversários, superando-os com bons argumentos e conexões lógicas de idéias. Falou com a mesma propriedade que víamos em Edmilson em 2006 (e que continua até hoje), com menos caretas e mais rapidez na exposição das ideias. Saiu muito maior do que entrou.

Enfim, depois de ter assistido aos debates da Band para outros governos de Estado na semana retrasada, fica aquele sentimento de que nossos candidatos poderiam ser melhores, bem melhores.

Tomara que os candidatos se preparem melhor para os próximos debates, senão o número de votos em branco ou inválidos irá aumentar

Novo estádio do Corinthians receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014




Após 2 meses e 11 dias do anúncio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de que o estádio do Morumbi estaria fora da Copa do Mundo de 2014, o Governo do Estado de São Paulo acertou com o Comitê Organizador nesta sexta-feira que a abertura do Mundial que será realizado no Brasil ocorrerá no novo estádio do Corinthians.

SANCHEZ FEZ AFIRMAÇÃO ANTI-MORUMBI

  • Almeida Rocha/Folha Imagem Durante palestra nesta sexta-feira, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou que tinha como responsabilidade evitar a Copa no Morumbi
O UOL Esporte apurou que a partida de abertura do Mundial será no estádio a ser construído no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, em parceria do clube paulista, que na próxima quarta-feira completa 100 anos de história, com a empreiteira Odebrecht que admitiu conversas para a construção da arena.
Uma reunião com o governador de São Paulo, Alberto Goldman, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab e o presidente da CBF e também do Comitê Organizador Local do Mundial, Ricardo Teixeira, definiu o novo estádio como sede da abertura da Copa.
O presidente do Corinthians Andrés Sanchez apresentou projeto à empreiteira para a construção do estádio ao custo de R$ 300 milhões. Uma das questões seria o tamanho do estádio, já que o projeto inicial do Corinthians previa a capacidade de 48 mil pessoas, enquanto a Fifa exige a capacidade de 85 mil.
Questionado sobre o assunto durante uma solenidade em homenagem pelo centenário do Corinthians, Andrés Sanchez não quis comentar a inclusão do projeto do estádio do clube no Mundial de 2014.
"Vocês têm que perguntar para o governador Alberto Goldman ou para o presidente Ricardo Teixeira, que estavam na reunião. Eu não estava na reunião", afirmou Andrés Sanchez.
Durante um evento na manhã desta sexta-feira, o presidente corintiano afirmou que sua primeira responsabilidade no cargo seria “não deixar ter jogo da Copa do Mundo no Morumbi”. E a segunda seria “não deixar que a cidade de São Paulo fique fora da Copa”, dando um indício da construção do estádio de seu clube.
Em nota oficial, o Governo de São Paulo informou que a possibilidade de realizar a Copa do Mundo no Morumbi foi vetada pelo presidente do Comitê Organizador Local, Ricardo Teixeira, que sugeriu o novo estádio do Corinthians, alternativa que então recebeu o apoio dos representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo.
Confira a nota oficial na íntegra:
Na tarde desta sexta-feira, o governador Alberto Goldman, o prefeito Gilberto Kassab e o coordenador do Comitê Organizador Paulista da Copa 2014, o secretário estadual de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna, estiveram com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Na reunião, o presidente da CBF foi consultado mais uma vez sobre a realização da abertura da Copa no Estádio do Morumbi, e informou que esta opção estava totalmente excluída pela FIFA e pelo Comitê Organizador Local da Copa 2014.
O presidente Ricardo Teixeira foi então informado que, apesar de todos os esforços, não foi possível viabilizar a construção de um estádio para a Copa 2014 no complexo de eventos e feiras que será construído em Pirituba.
O governador e o prefeito foram então consultados pelo presidente da CBF sobre a hipótese de a abertura da Copa 2014 ser realizada em novo estádio a ser construído pelo Sport Club Corinthians Paulista, em uma área em Itaquera. Goldman e Kassab reiteraram a disposição de proporcionar o apoio necessário para que São Paulo possa receber a abertura da Copa do Mundo.
O Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo reafirmaram a decisão de não aplicar recursos públicos para a construção de estádios.
ALBERTO GOLDMAN – Governador do Estado de São Paulo
GILBERTO KASSAB – Prefeito da Cidade de São Paulo
RICARDO TEIXEIRA – Presidente da Confederação Brasileira de Futebo

STF suspende julgamento de recursos sobre correção da poupança

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a tramitação de todos os recursos de poupadores que querem receber a correção da poupança de três planos econômicos das décadas de 1980 e 1990: Bresser (87), Verão (89) e Collor 1 (90).

O caso havia sido julgado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na última quarta-feira, quando a Justiça determinou que os bancos paguem as diferenças pelas correções, mas determinou que só valem as ações ingressadas nos primeiros cinco anos de vigor do plano.

A decisão tomada pelo ministro José Antonio Dias Toffoli vale até que o Supremo discuta o tema, que já teve a repercussão geral reconhecida. Isso quer dizer que, ao julgar um recurso específico sobre a polêmica envolvendo esses planos econômicos, o tribunal estará se manifestando sobre todos os outros que correm na Justiça.

Bancos poderão elevar reservas para perdas com revisão da poupança
Bancos querem discutir índice para correção da poupança no STF
Idec quer recorrer contra redução de prazo das ações da poupança
STJ diz que bancos devem pagar correção das poupanças em ações antigas

Ele concedeu liminares em dois recursos, um do Banco do Brasil e outro do Itaú. Existe ainda uma ação direta de inconstitucionalidade, proposta pela Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro), que trata do mesmo tema. Os casos devem ser analisados em conjunto pelo STF, ainda sem data prevista para ocorrer.

CORREÇÃO

Os poupadores reivindicam na Justiça a diferença de índice de correção das cadernetas no mês em que entraram em vigor esses planos. No Bresser e no Verão, teriam direito as poupanças com aniversário na primeira quinzena, porque ambos os planos entraram em vigor no dia 16.

Os bancos, porém, aplicaram o novo índice de correção (que era menor) para todos os aniversários do mês, incluindo os com data anterior ao plano. As entidades de defesa do consumidor afirmam que os bancos só deveriam aplicar o novo índice a partir do dia 16, porque a regra não retroage.

STJ

A decisão do STF, embora divulgada nesta sexta-feira, foi tomada ontem, um dia depois de o STJ condenar os bancos a pagar a correção da poupança dos planos econômicos, inclusive o Collor 2, que não foi alvo da decisão de Toffoli.

O tribunal, entretanto, havia decidido reduzir de 20 para cinco anos o prazo para que os correntistas entrassem na Justiça com ações coletivas, o que acabou por beneficiar apenas as ações mais antigas.

Com essa redução de prazo, o STJ derrubou 1.015 das 1.030 ações coletivas que correm atualmente na Justiça, o que representa 99% dos 70 milhões de contas de poupanças que teriam direito à correção.

Segundo cálculos do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o valor devido pelos bancos deve cair de R$ 60 bilhões para menos de R$ 10 bilhões. O instituto havia considerado a decisão como uma vitória dos bancos.

Outras 800 mil ações individuais, cujo prazo de prescrição continua sendo de 20 anos, representam uma dívida de R$ 6 bilhões para os bancos.

A decisão de Toffoli repercute diretamente na decisão do STJ, já que o Supremo poderá decidir de forma contrária.

O ministro ressalvou, no entanto, que a decisão também não vale para aquelas ações que já transitaram e julgado e aquelas em fase inicial. "É justamente nessa ocasião [fase inicial] que as partes alocam os elementos de fato, os quais são independentes, obviamente, da decisão que vier a ser proferida por esse Supremo Tribunal Federal", diz parecer da Procuradoria Geral da República citado por Toffoli em sua decisão.

ÍNDICE

Outro ponto polêmico entre bancos e poupadores é o índice de correção dos valores. Mesmo contra a vontade do bancos, que querem levar a discussão dos percentuais para o STF também, o STJ havia decidido os índices de correção para cada plano: 26,06% para o Plano Bresser; 42,72% para o Plano Verão; 44,80% para o Plano Collor 1; e 21,87% para o Plano Collor 2.

Cerca de 70% do país está sob risco crítico de fogo, aponta Inpe

As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar registradas nas últimas semanas deixaram cerca de 70% de todo o território nacional sob risco crítico de fogo nesta sexta-feira (27), ou seja, correndo risco iminente de incêndio. A afirmação é de Raffi Agop, meteorologista e analista de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo Agop, além do ar seco e do calor, a falta de chuvas e o tipo de vegetação de cada região são fatores levados em consideração para indicar o risco de incêndio de determinada área.
De acordo com as imagens do Inpe, somente os extremos norte e sul registram condições um pouco melhores, porém isso não indica que estão fora de perigo. “A diferença entre médio risco e risco crítico não é muita. Isso depende também das condições climáticas no momento em que o foco se dissipa. O vento forte, por exemplo, pode aumentar muito o risco de queimadas”, explica Agop.
Levando em consideração as previsões para os próximos dias, a situação deve melhorar com a aproximação de uma frente fria que trará queda nas temperaturas e chuvas para algumas regiões.
Entretanto, o novo cenário chegará apenas no domingo (29) e não deve ser forte o suficiente para atingir todo o Brasil. Somente os Estados do sul do país e parte do litoral do nordeste serão afetados pela frente fria. Além disso, áreas do Amazonas, Rondônia, Pará e Amapá também devem sentir as melhoras.

Ibama concentra ações de combate a incêndios em quatro Estados do país

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 10 mil pessoas estão envolvidas no trabalho de combate ao fogo, principalmente nas áreas de proteção ambiental. Desse contingente, 3.000 são dos institutos Chico Mendes e Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 7.000 são bombeiros de todo país.
Para o analista do Inpe, além das condições climáticas, grande parte dos incêndios pode ter origem criminosa. Esta semana, o Ibama já aplicou mais de R$ 4 milhões em multas por queimadas ilegais na região Norte. Em Rondônia, uma pessoa foi presa em flagrante ontem (26) por atear fogo, sem autorização, em uma pastagem. Além da prisão, o infrator recebeu multa de R$ 3,4 milhões.
No Pará, sete proprietários rurais dos municípios de Novo Progresso e Altamira, no oeste do Estado, também foram multados. Eles provocaram queimadas em 724,91 hectares de pastos e florestas em regeneração. Além da multa de R$ 726 mil, o Ibama embargou as áreas.

Risco de incêndio para os próximos dias

  • Inpe Previsão do Inpe para sábado (28)
  • Inpe Previsão do Inpe para domingo (29)
Segundo o Ibama, a multa por queimada irregular é de R$ 1.000 por hectare em área de pasto e de R$ 5.000 em áreas de conservação, reservas legais ou áreas de proteção permanente.
A orientação dos órgãos ambientais é para que não sejam feitas queimadas, mesmo controladas, nesta época do ano. Seguindo essa recomendação, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) proibiu a queima da palha da cana-de-açúcar, que costuma ser feita durante a colheita. A chamada queima controlada, que era permitida entre às 20h e às 6h, está sob restrição total até que a umidade relativa do ar se estabilize em níveis acima de 20%.
Aumento de 250% em 2010
O total de registros de focos de incêndio em todo o território nacional cresceu 253% entre o início de janeiro e hoje (27), em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de levantamento com bases em dados colhidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) do satélite Aqua.
Entre 1º de janeiro e 27 de agosto de 2009, ocorreram 10.239 notificações de incêndios. No mesmo período de 2010, o instituto contabilizou 36.133 focos de incêndio. O índice de focos de incêndio é o maior desde 2005, quando, no mesmo período, houve um total de 28.988 registros de queimadas no país.
Segundo o Inpe, é preciso frisar que ao fazer uma comparação utilizando um período longo de tempo como este é possível que ocorram distorções, uma vez que de um ano para outro as condições climáticas, como nebulosidade, por exemplo, não são as mesmas. Este fator acaba impossibilitando uma comparação exata das ocorrências.
Além disso, o Inpe utiliza diversos radares com características diferenciadas. Normalmente, o instituto usa como referência o Noaa-15, porém desde o dia 30 de junho este radar está com limitações na cobertura dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Mato Grosso e Pará - pegando exatamente a área mais atingida pelos incêndios atualmente. Por isso, seguindo a indicação de um técnico do próprio Inpe, a reportagem utilizou dados do radar Aqua que possibilitaria uma comparação mais precisa.
O Estado campeão até aqui em número de focos de incêndio é Mato Grosso, com 7.983 focos, um acréscimo de 510% com relação ao ano anterior (no mesmo período). Em seguida aparecem Pará (7.584, aumento de 321%), Tocantins (5.008, aumento de 344%), Maranhão (3.119, crescimento de 243%), Piauí (2.378, 511% de aumento) e Bahia (1.726, aumento de 48%).
Em 2009, neste período de 1º de janeiro a 27 de agosto, o Estado do Pará aparecia em primeiro lugar neste ranking, com 1.800 focos. Em seguida, vinham Mato Grosso (1.309), Bahia (1.161), Mato Grosso do Sul (1.139) e Maranhão (1.087).
Agosto, mês campeão
Segundo dados do Inpe, 67% de todos os incêndios notificados em 2010 ocorreram no mês de agosto.
Além disso, somente neste mês a diferença entre 2009 e 2010 foi de 495%. Enquanto que de 1º a 27 de agosto de 2009 ocorreram 4.054 notificações de incêndios, no mesmo período de 2010, o Inpe contabilizou 24.133 focos de incêndio.

PESQUISA

Datafolha confirma Sensus

O Instituto Datafolha, em pesquisa que amanheceu nos principais portais desta sexta-feira, confirma mais uma vez a tendência estatística da vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno:
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Com tal resultado Dilma teria 55% dos votos válidos, o que lhe daria a vitória no 1º turno.
A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e pelo jornal “A Folha de S. Paulo”, e tem margem de erro de dois pontos percentuais

Bisbilhotice da Receita em Mauá alcançou 140 CPFs

Subiu de quatro para 140 o número de contribuintes que tiveram os dados fiscais devassados no escritório da Receita Federal de Mauá (SP).

Deve-se a informação ao repórter Roberto Maltchik. A notícia produzida por ele foi às páginas do Globo, edição desta sexta (27).

Descobriu-se, em essência, o seguinte:

1. Nem só de tucanos é feita a lista de contribuintes submetidos à bisbilhotagem. Inclui personalidades, empresários, políticos e pessoas alheias à política.

2. A máquina utilizada na devassa é a da analista tributária Adeildda Ferreira Leão dos Santos, lotada em Mauá.

3. Entre os 140 CPFs perscrutados, pelo menos sete operações foram feitas sem motivação. As demais encontram-se sob análise da Corregedoria da Receita.

4. Incluem-se no rol dos acessos imotivados os nomes dos quatro personagens ligados ao PSDB e ao presidenciável tucano José Serra.

5. São eles: Eduardo Jorge, Ricardo Sérgio, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Gregório Marin Preciado.

6. Os outros três contribuintes varejados sem justificativa plasível são:

Gilmar Argenta, filiado ao PCdoB; a mulher dele, Carla Argenta; e Amauri Baragatti, um ex-integrante dos quadros do PSDB.

7. Um suplente da senadora Marisa Serrano (MS), 1ª vice-presidente do PSDB, também teve os dados fiscais xeretados.

Chama-se Antonio Russo Netto. Pecuarista, ele não opera em Mauá nem nos arredores. Ouvido, declarou-se perplexo:

“Não tenho negócios no ABC. Minha declaração foi feita em São Paulo. Sinceramente, não vejo motivos para que meu nome esteja nesta lista”.

8. Além de Ricardo Sérgio, ex-diretor do BB na era FHC e ex-coletor de arcas de campanhas de Serra, foi alcançado pela devassa um ex-sócio dele.

Trata-se de Ronaldo de Souza. Curiosamente, já morreu. Era sócio de Ricardo Sérgio numa empresa chamada Antares Participações.

9. A partir do terminal de Adeildda, imprimiram-se as declarações de Imposto de Renda de quatro membros da família Klein.

Eis os nomes: Samuel Klein, fundador das Casas Bahia; Michael Klein, presidente da companhia; Maria Alice Klein, mulher dele; Raphael Klein, neto do patriarca Samuel.

Minuciosa, a bisbilhotagem estendeu-se até os dados de uma ex-mulher de Michael Klein: Jeanete Roizman.

10. Apalpou-se também o Imposto de Renda de 2009 da apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo.

11. Além de Adeildda, encontram-se sob investigação outras duas analistas do fisco: Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva e Ana Maria Caroto Cano.

12. Ouvidas pela Corregedoria, a trinca negou participação nas violações.

13. As primeiras incursões inusitadas feitas em Mauá ocorreram entre agosto e dezembro do ano passado.

Nessa época, alvejaram-se os dados de empresários, políticos, desportistas e artistas de várias regiões do país, distantes do ABC paulista –do Piauí a Santa Catarina.

A encrenca resultou num pedido de investigação feito por PSDB, DEM e PPS à Procuradoria-Geral da República. A oposição deve mover ação também no TSE.

José Serra responsabilizou o comitê de Dilma Rousseff pelo malfeito. Disse que a rival deve explicações ao país.

Em reação, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou que o partido moverá duas ações contra Serra. Uma por injúria e difamação. Outra por danos morais.

Além da Corregedoria do fisco, participa da investigação a PF. Sob a alegação de que o processo corre em segredo, os órgãos se negaram a comentar o caso.

- Serviço: Aqui, a notícia do repórter Roberto Maltchik, reproduzida em clipping. Traz no rodapé os nomes dos 140 contribuintes bisbilhotados a partir de Mauá.

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Escrito por Josias de Souza às 07h32

Hélio estaciona e Anastasia cresce 12 pontos em MG

Vitaminado pela propaganda eleitoral, o candidato tucano ao governo de Minas, Antonio Anastasia, tomou o elevador. Subiu 12 pontos no Datafolha.

Escorado na popularidade de Aécio Neves, grão-duque do tucanato mineiro, Anastasia saltou de 17% para 29%.

Hélio Costa (PMDB) manteve o índice anterior: 43%. Continua na liderança, mas já enxerga o antagonista no retrovisor. A dianteira caiu de 26 para 14 pontos.

O movimento ascendente de Anastasia vai na contramão do desempenho do presidenciável tucano no Estado.

Em Minas, a despeito de Aécio, José Serra (29%) está, segundo o Datafolha, 19 pontos percentuais atrás de Dilma Rousseff (48%).

O êxito de Anastasia é essencial para o projeto político de seu patrono. Favorito na briga pelo Senado, Aécio chegará a Brasília manco se não fizer o governador.

Em posição mais confortável que a do correligionário mineiro, o tucano Geraldo Alckmin manteve no Datafolha os 54% que obtivera na pesquisa anterior.

Amparado no prestígio de Lula, o candidato petê Aloizio Mercadante subiu quatro pontos desde o início do horário eleitoral. Foi de 16% para 20%.

Está, ainda, longe do piso que se costuma atribuir ao petismo no maior colégio eleitoral do país, ao redor de 30%.

De resto, para desassossego do PT, Mercadante não cresce sobre Alckmin. Mastiga votos do terceiro colocado, Celso Russomano (PP), que caiu de 11% para 7%.

Mantém-se a perspectiva de vitória de Alckmin no primeiro turno. Ainda que a refrega deslize para o segundo round, a situação de Mercadante não é rósea.

Nessa hipótese, informa o Datafolha, Alckmin prevaleceria sobre Mercadante pelo placar de 62% a 29%.

A exemplo do que ocorre em Minas, a solidez de Alckmin contrasta com o derretimento do presidenciável tucano.

Em São Paulo, Estado que governou até abril, Serra (36%) já amarga desvantagem de cinco pontos percentuais em relação a Dilma (41%).

No Rio, encurtou-se a diferença entre Sérgio Cabral (PMDB) e Fernando Gabeira (PV). Nada que altere, porém, o cenário de vitória de Cabral no primeiro turno.

Nos últimos 15 dias, Cabral deslizou um ponto para baixo –de 57% para 56%. E Gabeira oscilou três pontos para cima –de 14% para 17%.

A diferença entre os dois caiu de 43 pontos para 39 pontos. Um movimento pouco acima da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais.

Terceiro vértice do chamado triângulo das bermudas, o Rio, atrás apenas de São Paulo e Minas em número de eleitores, também não sorri para Serra.

Ali, o presidenciável tucano dispõe de 23% das intenções de voto. A rival petista soma 46%. Diferença de 23 pontos percentuais.

Os números coletados pelos pesquisadores do Datafolha no Distrito Federal vão ao noticiário com cheiro de novidade.

Agnelo Queiroz (PT) encostou em Joaquim Roriz (PSC), retirando da face do rival a aparência de favorito que ostentava.

No cenário de primeiro turno, Agnelo oscilou de 33% para 35%. Roriz manteve-se no patamar de 41%. Porém...

Porém, detectou-se alteração digna de nota na sondagem de segundo turno. Na virada de um turno para o outro, Roriz sobe quatro pontos. Agnelo, escala nove.

Há 15 dias, Roriz prevalecia sobre Agnelo por 46% a 39%. Hoje, o placar é de 45% e 44%. Um empate técnico.

Nas outras praças pesquisadas pelo Datafolha, reforçaram-se as tendências esboçadas na sondagem feita antes do início da propaganda eletrônica.

No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) ampliou em quatro pontos a vantagem sobre José Fogaça (PMDB). De 38%, Tarso foi a 42%. Fogaça manteve-se em 27%.

Em Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) abriu 50 pontos de dianteira sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB). Prevalece em primeiro turno por 67% a 19%.

Na Bahia, informa o Datafolha, o governador petista Jaques Wagner, com 47%, seria reeleito também no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

No Paraná, conforme já noticiado aqui, o tucano Beto Richa (47%) é outro candidato a governador que flerta com a vitória no turno inaugural da eleição.

Favoritismo leva Dilma a brincar de esconde-esconde

Danilo Verpa/Folha

É curioso o burburinho que se ouve ao redor de Dilma Rousseff. Carregada por Lula, ela se tornou um portento eleitoral.

As pesquisas informam que, em sua primeiríssima eleição, Dilma está na bica de impor a José Serra, político rodado, uma surra homérica.

Um observador incauto poderia supor que, em alta, Dilma deslizaria sobre o ringue com desenvoltura ainda maior. Engano.

Os operadores da campanha da pupila de Lula querem agora reduzir-lhe a taxa de exposição. Dito de outro modo: querem esconder Dilma.

O jogo de esconde-esconde passa pela redução do número de viagens e eventos públicos. “Exposição” pra valer, só na bolha da propaganda de TV.

Por quê? Deseja-se retirar da trilha da candidata o risco do tropeço. À platéia foi reservado o papel de tola. Por ora, os tolos dividem-se em dois grupos.

Há os que duvidam de tudo. Poucos, muito poucos, pouquíssimos. E há os que não duvidam de nada. Muitíssimos.

Nunca antes na história desse país os comitês eleitorais estiveram tão dominados por pretensos especialistas.

Eles têm o privilégio de tudo saber. Os outros? Dispõe de prerrogativa inversa, a de tudo ignorar.

Submetida ao filtro do marketing político, uma forca pode ganhar a aparência de um instrumento de cordas.

Na quadra atual, a marquetagem já fez de um candidato de oposição um situacionista de ocasião.

Uma candidata de cara lisa e prosa tecnicista ganhou barba grisalha e a lábia solta de um língua presa.

O que importa não é a eleição do melhor candidato. Deseja-se impor ao eleitorado a vitória da encenação mais competente.

Fisco decarta motivação eleitoral na quebra de sigilo

Antônio Cruz/ABr
Ao lado do secretário da Receita, corregedor afasta motivação política de 'violações'

A conversão do escritório do fisco em Mauá (SP) num centro de violações trouxe à boca do palco, nesta sexta (27), dois mandachuvas da repartição.

Em entrevista conjunta, falaram sobre o caso Antonio Carlos D'Ávila, corregedor-geral, e Otacílio Cartaxo, secretário da Receita Federal.

A dupla não quebrou o silêncio voluntariamente. D'Ávila e Cartaxo foram como que intimados a mover os lábios pela força do noticiário que os assedia.

De saída, o corregegor cuidou de recobrir o malfeito com o manto diáfano de uma transgressão ordinária, sem conexão com a política.

"Há indícios de uma intervenção feita de alguém de fora da Receita Federal e de um suposto balcão de venda de informação", disse D'Ávila.

Os dados sigilosos teriam sido obtidos “mediante pagamento de propina”. Motivação eleitoral? O corregedor disse não ter detectado um mísero indício nessa direção.

Mas e quanto ao fato de a xeretagem ter alcançado o Imposto de Renda de pessoas ligadas ao PSDB e a José Serra?

Para afastar os objetivos eleitorais nesses casos, o corregedor alega que também empresários e personaolidades alheios à política tiveram os dados apalpados.

Sob concordância do secretário Cartaxo, o corregedor D’Ávila insistiu: "Não identificamos na nossa investigação qualquer ilação político-partidária".

Na próxima segunda (30), o fisco enviará ao Ministério Público um par de representações criminais.

Uma contra a servidoras Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva. Outra contra Adeildda Leão Ferreira Leão dos Santos.

Apurou-se que as violações foram feitas com a senha de Antonia Aparecida, na máquina de Adeildda Leão.

D’Ávila descartou a hipótese de a investigação ser concluída antes da eleição presidencial de outubro.   

"Nós não estamos preocupados com o calendário eleitoral", disse o corregedor. Participa da investigação a Polícia Federal.

Levando-se em conta que o caso encontra-se em aberto, chama especial atenção o timbre peremptório utilizado pelo corregedor.

Admita-se, para efeito de raciocínio, que tenha sido instalado no fisco de Mauá um “balcão de venda” de dados fiscais “mediante pagamento de propina”.

Parece óbvio que, antes de afastar a motivação política, o governo teria de iluminar a mão que pagou a encomenda. A que partido pertence? Por que comprou?

Uma terceira interrogação bóia na atmosfera conspurcada da Receita:

A bibilhotice dos dados de pessoas alheias à política não teria justamente o propósito de apagar os rastros eleitorais do crime?

De resto, o corregedor parece ter esquecido de um detalhe fundamental: a investigação só foi aberta depois de uma notícia veiculada na Folha.

Na peça, o repórter Leonardo Souza anotara que dados do fisco foram parar num dossiê manuseado por um grupo de “inteligência” do comitê de Dilma Rousseff.

Bem verdade que o PT nega participação no malfeito. Ora, mais a legenda também nega, até hoje, que os aloprados de 2006 tenham agido por ordem partidária.

Outra tese encontradiça na praça é aquela segundo a qual a candiatura de Dilma, por favorita, não teria razões para recorrer a operações subterrâneas.

Bem, é preciso levar em conta que as violações ocorreram numa fase em que a pujança de Dilma ainda não se refletia nas pesquisas.

É possível que os operadores da candidatura oficial nada tenham a ver com os dutos instados na Receita. Mas a hipótese inversa não pode ser negligenciada.

Aos investigadores cabe investigar. A exposição de coisas definitivas antes que as coisas sejam definidas não é algo que soe apropriado na voz de um corregedor.

Repita-se, por oportuno, uma das frases de D’àvila: "Nós não estamos preocupados com o calendário eleitoral".

O contribuinte que paga o salário do corregedor talvez se sentisse mais atendido se ouvisse dele uma declaração diferente.

Algo assim: “Envidaremos todos os esforços para acomodar esse caso em pratos asseados antes do contato do eleitor com as urnas”