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domingo, 30 de janeiro de 2011

Lula reencarna em São Bernardo na pele de torcedor

Adriano Vizoni/Folha
Um dia depois de dizer que iria “reencarnar como cidadão brasileiro” depois do Carnaval, Lula como que antecipou seus planos.
O ex-soberano foi ao Estádio 1º de Maio, em São Bernardo. Assistiu a uma partida entre o time da Casa e o Corinthians.
Lula envergava uma camiseta que denunciava a divisão que lhe consumia a alma.
Dedicou meio torso às cores do Corinthians. A outra metade, para o São Bernardo.
"Sou corintiano há muito tempo e também torço para o São Bernardo”, dividiu-se.
“Hoje, estou torcendo para que haja um empate, para que meu coração não perca”.
A partida terminou em 2 X 2. Para o coração de Lula, resultado pacificador. Para o Corinthians, um vexame hediondo.
O adversário, o próprio Lula reconhecera, “é um time novo, está na Série ‘A’ há pouco tempo”. Em verdade, o São Bernardo acaba de ascender à primeira divisão.
Antes que o placar final fosse conhecido, Lula falou sobre o próximo compromisso do Corinthians, às voltas com a ‘Libertadores’.
No último compromisso, em pleno Pacaembu, o time de Lula sucumbiu diante do colombiano Tolima. Tentará ir à forra na próxima quarta, em Ibagué, na Colômbia.
“Que não repita o fiasco que foi no Pacaembu”, Lula admoestou. A julgar pelo prenúncio de São Bernardo, a hipótese de um papelão não é negligenciável.
Para seguir na Libertadores, o Corinthians terá de vencer ou, no mínimo, empatar num placar com gols.
Se ficar no zero a zero, o revide contra o Tolima vai aos pênaltis. E o coração de Lula, em taquicardia paroxísmica, pode escapar-lhe pela boca.
Seja como for, não resta a Lula senão torcer. Algo que planeja fazer com afinco em sua fase pós-presidencial.
“Não sairei mais dos estádios”, disse ele na arquibancada do 1º de Maio –um estádio que, nos anos 70 e 80, foi palco de assembléias do Lula sindicalista.
Os organizadores do jogo deste domingo cogitaram atribuir ao torcedor ilustre a honraria do pontapé inicial. Entre risos, Lula refugou:
"Não vou dar o pontapé inicial, pois o Mano [Menezes, técnico da Seleção Brasileira] pode me convocar apenas por ele".
Que Neimar não ouça o ex-soberano. Do contrário, pode tremer nas chuteiras.

Acuado, Mubarak amplia ‘toque de recolher’ no Egito

Fotos: EFE
As ruas do Egito voltaram a encher neste domingo (30). Nas pegadas dos protestos para derrubar o regime, proliferam os saques.
Com o escalpo balançando sobre o pescoço, o ditador Hosni Mubarak tomou duas providências.
Ampliou em uma hora o toque de recolher. Antes, começava às 16h –20h, no relógio de Brasília. Agora, principia às 15h.
De resto, reforçou a quantidade de policiais nas ruas. Uma tentativa de conter os saques e o rastilho de violência.
Mubarak porta-se como um médico amalucado que, diante de um paciente com desaranjo intestinal, reforça a dose do purgante.
A turba não se deu por achada. No asfalto estava, no meio-fio permaneceu. Deu de ombros para as novidades.
Mubarak conseguiu apenas ampliar em uma hora diária o vexame do desrespeito à ordem de recolhimento emanada de um governo sem autoridade.
Mais de duas horas depois do início do toque de recolher que não surte efeito, um pedaço da multidão cedia os ouvidos a Mohammed ElBaradei.
Nobel da Paz, ElBaradei trocou Viena, onde mora, pelo Cairo. Tenta converter-se em líder da oposição difusa que acossa Mubarak.
Neste domingo, o Nobel falou a milhares de manifestantes na capital egípcia (foto no rodapé). "Não podemos voltar atrás no que começamos", discursou.
Mais cedo, num encontro com repórteres, ElBaradei puxara para o centro da roda de fogo que arde no Egito o presidente dos EUA, Barack Obama.
Ele dissera estar convencido de que Obama pediria publicamente a renúncia de Mubarak, velho parceiro dos EUA. Coisa para logo, vaticinara:
"Se não aconteceu ainda, deve acontecer hoje ou amanhã. É melhor que este ditador abandone o Egito e Obama deveria exigir isto publicamente".
Enquanto Obama não pede e Mubarak não bate em retirada, avolumam-se os cadáveres no Egito.
A imprensa serve números díspares. Por baixo, numa conta da CNN, os mortos somam 38. Pelo alto, na contabilidade da Al Jazeera, chegam a 150.
Enquanto Mubarak se esforça para provar que as ditaduras também cometem suicídios, o Egito clama por uma realidade nova.
O país convive com múltiplas possibilidade. Na pior hipótese, caminhará para uma teocracia. Na melhor, mergulhará numa democracia.
Numa ou noutra hipótese, haverá um Egito inteiramente novo. Caos não falta! 

Dilma: ‘Ninguém pode afirmar’ que Real não vai cair

Elza Fiúza/ABr
Dilma Rousseff voa neste domingo (30) para sua primeira visita internacional. Vai abrir a semana num encontro com a colega da Argentina, Cristina Kirchner.
Horas antes da chegada de Dilma a Buenos Aires, os jornais argentinos penduraram em suas páginas uma entrevista com a presidente brasileira.
Ela recebeu, na semana passada, repórteres dos diários 'Clarin', 'La Nación' e 'Pagina 12'.
Falou, entre outros temas, sobre o risco de desvalorização que assedia o Real, direitos humanos (aqui e alhures) e a visita que Barack Obama fará ao Brasil.
Vão abaixo trechos da entrevista:
- Conseguirá deter a desvalorização do Real? “No mundo, ninguém pode afirmar isso. Nos últimos tempos temos conseguido manter o dólar numa certa flutuação. Não tivemos nenhum ‘derretimento’, como se diz por aí...”
“...A taxa de câmbio oscilou todo o tempo entre R$ 1,6 e R$ 1,7 por dólar. Agora, ninguém pode garantir que não haverá desvalorização.
- Relações bilaterias: Brasil e Argentina sofrem, como todos os emergentes, as conseqüências da política de desvalorização [de moedas] praticada pelas duas maiores economia do mundo [EUA e China]...”
“...A nossa posição no G-20 deve ser de reação à política de desvalorização que sempre levou o mundo a situações difíceis...”
“...[...] Não precisamos aceitar políticas de dumping ou mecanismos de concorrência inadequados que não se baseiam em práticas transparentes...”
“...Devemos reagir a isso. Mas também sabemos que o protecionismo no mundo não nos conduz a um bom termo”.
- Venezuela no Mercosul: É importante que a Venezuela ingresse no Mecosul. É bom para o bloco que outros países se somem. Isso muda o nível do Mercosul..."
"...A Venezuela é um grande produtor de petróleo e gás. Tem muito a ganhar no Mercosul. E nós também temos muito a ganhar com a Venezuela. Vejo com excelentes olhos sua participação".
- Visita de Barack Obama, em março, vai virar a página das divergências em relação ao Irã? “A relação do Brasil com os EUA é histórica. E essa relação se transformou à medida que os países se desenvolveram...”
“...Hoje, fantasticamente, o Brasil tem superávit na relação comercial com os EUA. [...] É importantíssimo ver os EUA com um grande sócio comercial dos países da América Latina...”
“...Para o Brasil, os EUA são e sempre serão um parceiro muito importante. [...] Tivemos uma boa experiência nos últimos anos e também tivemos diferenças de opinião...”
“...Mas o que importa é perceber que essa é uma parceria que tem um horizonte de desenvolvimento muito grande. Então, consideramos que cada ano vamos ter que virar a página do ano anterior”.
- Direitos Humanos: “Não negociarei com os direitos humanos, não farei concessões nesta área. E tampouco aceito que direitos humanos possam ser vistos como restritos a um país ou região: isso é uma falácia...”
“...Não se pode adotar dois pesos e duas medidas. Os países desenvolvidos já tiveram problemas terríveis, em Abu Ghraib, em Guantánamo... Mas também creio que apedrejar uma mulher [como no Irã] não seja algo adequado”.
- Cuba: “Com a liberação dos presos políticos, Cuba deu um passo adiante. Tem que continuar trabalhando nisso, dentro de um processo de construção de melhores condições econômicas, democráticas e políticas do país...”
“...Respeito também o tempo deles. [...] Em Cuba, prefiro dizer que existe um processo de transformação e creio que todos os países devem incentivar esse processo...”
“...Devemos protestar contra todas as falhas que houver nos direitos humanos em Cuba. Não tenho problema em dizer se algo vai mal por lá, ou por aqui também. Não somos um país sem dívidas com os direitos humanos. Nós as temos”.
- Brasil: “Ter uma posição firme nos direitos humanos não significa apontar o dedo a outros países que não os respeitam. Não defenderei quem abusa dos direitos humanos, mas tampouco sou ingênua para deixar de ver seu uso político”.

Dilma foi sitiada por ‘rivais-aliados’

Flávio Florido/UOL

A presidência de Dilma Rousseff completa um mês nesta segunda (31). A experiência de poder da sucessora de Lula, embora curta, revelou-se instrutiva.
Beneficiada pelo silêncio da oposição, Dilma assistiu à conversão de aliados no pior tipo de adversário: o inimigo cordial.
O noticiário negativo que assediou Dilma em seus primeiros trinta dias de governo teve produção 100% doméstica.
Sócios majoritários do consórcio governista, PT e PMDB trocaram cotoveladas ao redor das poltronas mais vistosa$ do segundo escalão.
Apoiadoras de Dilma na campanha eleitoral, as centrais sindicais levaram o debate do salário mínimo às ruas.
Domesticado nos dois reinados de Lula, o baronato sindical mordeu Dilma antes mesmo da tentativa de assopro de Gilberto Carvalho, o ministro que negocia em nome dela.
Mal desceu das nuvens da posse para o chão liso da rotina administrativa e Dilma já se deu conta de que, no poder, só há um amigo possível. O amigo do alheio.
Afora a descoberta de que terá de lidar com pseudoaliados, Dilma fabricou, ela própria, uma inimiga insuspeitada: a barriga.
Até aqui, sempre que submetida à necessidade de decidir, Dilma pensou dez vezes, analisou todas as possibilidades, consultou auxiliares... E não decidiu.
Os caças da FAB? Barriga. O nome para a cadeira vaga no STF? Barriga. As nomeações dos escalões inferiores? Barriga de novo.
Até os cortes no Orçamento da União, que Dilma considera urgentes e prioritários, foram golpeados pela política da pança.
Dilma programara a descida da lâmina para a primeira quinzena de janeiro. Queria que o talho viesse à luz antes da reunião do BC sobre juros.
A diretoria do BC, porém, foi à mesa do Copom sem conhecer o tamanho da faca. Devolveu a taxa Selic ao elevador.
Os cortes? Bem, a barriga promete-os para fevereiro. Por ora, Dilma não apôs sua assinatura nem no projeto de Orçamento que o Congresso aprovou em dezembro.
Em meio à bruma de indefinições, a ministra Mirian Belchior (Planejamento) declarou que a lâmina pode alcançar inclusive as verbas do PAC.
E Dilma: “Nós não vamos, nós não vamos –vou repetir pela terceira vez— nós não vamos contingenciar o PAC”.
Além de desencontros, a tática presidencial de estacionar diante das bifurcações que lhe chegam ao gabinete espalha insatisfações ao redor.
Em privado, a cúpula da Aeronáutica derrama-se em queixumes por conta do novo adiamento da aquisição dos caças.
As togas do Supremo impacientam-se com a demora do Planato (já lá se vão oito meses) em indicar um substituto para o ministro aposentado Eros Grau.
De resto, ao protelar a distribuição das cadeiras do segundo escalão, Dilma rogou a petês e pemedebês que parassem de prover matéria-prima às manchetes.
Silenciaram as vozes. Porém, começaram a falar os dossiês. Órgãos como a Funasa e estatais como Furnas passeiam na praça com as víscera$ à mostra.
Dilma leva sobre Lula uma desvantagem. Não pode usufruir da desculpa da herança maldita. Condenou-se a continuar o legado. Inclusive nas parcerias indigestas.
O primeiro mês de Dilma serviu, assim, para eliminar uma ilusão que acomete todo presidente novo. A ilusão de que preside.
Por enquanto, Dilma foi presidida pela própria hesitação e pelos interesses contraditórios que a rodeiam.
Com a volta do Congresso, vai-se descobrir o que a oposição pretende fazer com ela. Antes, PSDB e DEM terão de decidir o que fazer consigo mesmos.

Brasil observa a crise do Egito com um olho nos EUA

Khaled Desouki/AFP
Os operadores de política externa de Dilma Rousseff observam com óculos bifocais a convulsão social que rói a autoridade do ditador egípcio Hosni Mubarak.
Com o pedaço da lente que corrige a visão de curta distância, Brasília olha para o Cairo. Com a parte que permite enxegar ao longe, repara em Washington.
O repórter ouviu uma das vozes que levam aos tímpanos de Dilma análises sobre o terremoto que sacode as ditaduras árabes e que atingiu o ápice no Egito.
Vai abaixo um resumo do miolo do pensamento do governo brasileiro acerca do que ainda está por acontecer:
  
“Nos últimos 30 anos, a Casa Branca cevou a bomba social do Egito. Por um desses azares do destino, o artefato estourou no colo de Barack Obama...”
“...Parte do problema, a Casa Branca tenta tornar-se parte da solução. Quando explodiram os protestos, os EUA imaginavam que o futuro incluía Mubarak...”
“...Coube a Hillary Clinton resumir o sonho. Ela disse que o governo egípcio, ainda estável, lograria atender aos interesses legítimos de seu povo...”
“...O ditador acionou sua máquina de repressão, custeada com verbas americanas. Cortou internet e celular. Decretou toque de recolher e liberou os tanques...”
“...As ruas do Egito continuaram cheias. Soldados passaram a oscilar entre a coerção e a confraternização com a turba rebelada...”
“...Em poucas horas, a ficha de Washington começou a cair. Em novas falas, Hillary e o próprio Obama ajustaram o tom...”
“...Passaram a cobrar o comedimento do ditador e a realçar a legitimidade das mágoas que nutrem a revolta da sociedade egípcia. Perceberam que o futuro não inclui Mubarak...”
“...De repente, a Casa Branca começou a brandir a ameaça de cortar parte do US$ 1,8 bilhão que despeja anualmente sobre a máquina militar egípcia...”
“...O fechamento da torneira parece inevitável, mas não apaga o passado. Na era da internet e do WikiLeaks, a sujeita virá à tona cedo ou tarde...”
“...É impossível manter debaixo do tapete a íntima parceria monetária da democracia norte-americana com a ditadura conveniente do Egito...”
“...Entornando-se o caldeirão, do caldo pode emergir não a democracia, mas uma teocracia islâmica. O fantasma de um novo Irã é, hoje, o pesadelo de Obama.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Belo Monte sob questionamento

Agência Brasil

MPF pode questionar na Justiça licença parcial para Belo Monte

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) reagiu nesta quarta-feira (26) à concessão da licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte e informou  que não descarta entrar com uma nova ação judicial para questionar o processo de licenciamento ambiental da obra. 
Em novembro de 2010, o MPF enviou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) uma recomendação para que o órgão não fragmentasse o licenciamento de Belo Monte com a emissão da licença de instalação parcial.
O MPF recomendava ao então presidente do Ibama, Abelardo Bayma, não emitir “qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto”.
A licença parcial foi assinada hoje pelo presidente substituto do Ibama, Américo Ribeiro Tunes, e autoriza a construção de canteiros, acampamentos e abertura estradas de acesso ao local da obra. 
“Ao conceder licença para a instalação física da obra sem o cumprimento das condicionantes o Ibama está colocando a região em alto risco social e ambiental. Não houve nenhuma preparação estrutural para receber operários e máquinas e, muito menos, para a população que será atraída pelo empreendimento”, declarou o procurador da República no Pará, Ubiratan Cazetta.
Um mês após o envio da recomendação, em dezembro do ano passado, uma vistoria técnica do MPF na região da usina constatou que algumas das condicionantes previstas pelo Ibama na licença prévia não estavam sendo cumpridas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

AL: governador veta aumento de 109% a deputados

Certas decisões conferem ao Brasil a aparência de “país do faturo”.
Em Alagoas, por exemplo, os deputados estaduais se autoconcederam aumento de 109%.
Ganhavam R$ 9.969. Em fevereiro, passariam a usufruir de vencimentos mensais de R$20.042,34.
Num gesto unusual, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), manuseou a caneta e impôs um veto ao reajuste.
Alegou que a folha salarial da Assembléia Legislativa alagoana já se encontra em litígio com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por quê? Os salários pagos na Assemlbéia sorvem mais de 3% da receita líquida do Estado.
Os legisladores alagonanos tonificaram os contracheques no rastro do autoreajuste de 61,8% de deputados federais e senadores –de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Reza a Constituição que deputados estaduais podem receber até 75% da remuneração dos parlamentares federais.
Além da Assembléia de Alagoas, pelo menos outras 18 casas legislativas estaduais elevaram seus contracheques.
Por ora, Teotonio Vilela foi o único governador a ousar um veto. O arrojo solitário deve ter vida curta.
Os deputados estaduais têm a prerrogativa da última palavra. Podem derrubar o veto do governador.
Se tivesse bom senso, o contribuinte alagoano, que paga a bilheteria do circo, faria ruidosas manifestações à porta da Assembléia.

FHC: sob Dilma Rousseff, ‘Brasil está sem estratégia’

Leandro Moraes/UOL
Nem José Serra nem Aécio Neves. Quem parece mais próximo do posto de líder da oposição é Fernando Henrique Cardoso.
De passagem por Genebra, FHC, otimista a mais não poder, se disse aliviado por não ter mais de ouvir Lula falando diariamente no rádio e na TV.
E quanto ao governo Dilma? Bem, nesse ponto soou entre cáustico e pessimista: "O Brasil está sem estratégia, o mundo mudou muito”. Como assim?
“A China produz efeito positivo e negativo ao mesmo tempo sobre a economia brasileira, entusiasma a exportação de commodities e dificulta a de manufaturas...”
“...E a valorização do real não é só do real e sim a desvalorização do dólar". Crê que o país precisa de nova estratégia. “E não estou vendo que isso tenha sido definido".

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ibama flagra 13 estabelecimentos sem licença ambiental no Pará

BELÉM - No primeiro dia da operação 'Quintal II', os fiscais do Ibama já flagraram 13 estâncias sem licença ambiental para comercializar produtos de origem florestal. Os estabelecimentos estão localizados na rodovia Arthur Bernardes, alvo da operação do órgão ambiental. Toda a madeira encontrada nos pátios das empresas foram apreendidas e estão sendo medidas. O Ibama estima que elas somem cerca de mil metros cúbicos de madeira.

Agora, os agentes ambientais realizam um levantamento dos proprietários da estâncias e a medição da madeira para aplicar a multa. O valor é de R$ 300 por metro cúbico de madeira apreendida. A madeira encontrada nos estabelecimentos vistoriados também não possui documentação de origem.

O material apreendido será doado a instituições beneficentes da região metropolitana de Belém. Além das multas, os proprietários vão responder por crime ambiental. A 'Quintal II' prossegue sem prazo para terminar e conta com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental.

Quintal I
Na primeira versão da operação, realizada em janeiro do ano passado, foram fechadas duas estâncias por funcionar sem licença ambiental, aplicadas cerca de R$ 600 mil em multas e apreendidos aproximadamente 1,8 mil m³ de madeira serrada, o equivalente a 60 caminhões cheios. (AL)
Portal da amazonia

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Brasil é especializado especialmente em especiais

O Brasil tornou-se um empreendimento especial. Entre todas as suas especializações, concentra-se especialmente no zelo com os cidadãos especiais.
Nos últimos dias, foi às manchetes a última especiaria da receita nacional: as aposentadorias especiais de ex-governadores e suas viúvas.
Usufruem da prebenda cerca de seis dezenas de brasileiros. Governam por quatro anos e credenciam-se ao recebimento de pensões vitalícias.
Coisa fina: 100% do salário de um governador ativo, 13º garantido e o direito de transferência à viúva depois da morte.
Há casos em que o especial vira especialíssimo. Substituto eventual do governador, apalpa pensão de especialista sem quebrar a marca de dez dias na cadeira.
Surgiram também casos de especiais retardatários. Reivindicam com atraso o benefício que consideravam imoral.
Em meio à estupefação generalizada, uns pedem e, depois, ensaiam o recuo. Outros reivindicam até os atrasados.
Toda especialização nega aos especialistas o conhecimento de tudo o mais à sua volta. Ignoram, por exemplo, o escárnio que inspiram.
Dilma Rousseff decidiu não enviar ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência. Uma pena.
Seria divertido ouvir esse Brasil especializado especialmente em dar boa vida aos seus especiais explicar-se aos brasileiros que abrigam sua velhice no INSS.

MEC cogita criar estatal para gerir aplicação do Enem

  Alan Marques/Folha
Depois de gerir com a máxima competência a incompetência que tisnou as últimas rodadas do Enem (2009 e 2010), o MEC flerta com o inusitado.
Nos subterrâneos, a pasta “administrada” pelo ministro Fernando Haddad cogita criar uma nova estatal para cuidar da aplicação de seus exames.
Além de se ocupar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a ‘Examebras’ aplicaria o Saeb (Prova Brasil) e o Enad (Exame Nacional de Desempenho).
Deve-se a revelação ao repórter Demétrio Wéber. Ele conta que um grupo de trabalho dedica-se ao estudo da novidade.
Participam do debate representantes de dois ministérios: o da Educação e o do Planejamento.
O plano mastigado pelo grupo traz no miolo a ideia de aproveitar na nova estatal a estrutura do Cespe (Centro de Seleção e Promoção de eventos).
Vem a ser um órgão vinculado à UnB (Universidade de Brasília). Foi contratado pelo MEC para para realizar o novo Enem, em parceria com a Fundação Cesgranrio.
Longe dos refletores, a equipe de Haddad ocupa-se do debate sobre a ‘Examebras’ desde o ano passado.
Ouvido, o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, disse ter tratado da matéria num par de reuniões com Fernando Haddad.
Conversaram pela primeira vez no final de 2010. Voltaram a conversar no início deste mês de janeiro.
Cabe a José Geraldo, como reitor da UnB, responder pelo Cespe. Ele observa a movimentação do MEC de esguelha.
A despeito de afirmar que desconhece os detalhes da proposta, receia que a nova estatal acabe por assumir as rédeas do Cespe, desvirtuando-o.
Hoje, além de realizar avaliações do ensino, o órgão da UnB organiza concursos públicos.  
No apagar das luzes da gestão Lula, o governo já havia pendurado no organograma do MEC uma nova estatal, dedicada à gestão de hospitais universitários.
Aplicando-se a mesma fórmula aos exames anuais, o MEC responderá ao inconcebível (a desmoralização do Enem) com o impensável (a criação da ‘Examebras’).

José Serra atribui alta dos juros à ‘festança eleitoral’

Lula Marques/Folha
Um dia depois de o Banco Central ter elevado os juros de 10,75% para 11,25% ao ano, o tucano José Serra criticou a medida em timbre ácido.
Plugado à web na noite desta quinta (20), Serra pendurou uma, duas, três notas sobre o tema no seu twitter.
Mencionou o óbvio: “Os juros reais brasileiros, que já eram os mais altos do mundo, cresceram mais”.
Ironizou o início de gestão de Dilma Rousseff: “Até agora, esta foi a medida mais importante do atual governo”.
Numa alusão à política de cofres abertos adotada no final da gestão passada, anotou que “a causa” da puxada nos juros foi “a festança eleitoral do governo Lula-Dilma”.
Serra orçou o “custo” do meio ponto percentual injetado na taxa anual de juros: “O governo federal vai gastar cerca de R$ 8 bilhões anuais pagando juros”.
Comparou: “Isso equivale a quase dois terços do que se gasta com o Bolsa Família. É superior ao orçamento de 12 Estados”.
No pronunciamento em que reconheceu a derrota para Dilma na corrida presidencial encerrada em outubro de 2010, José Serra dissera:
“Para os que nos imaginam derrotados eu quero dizer: nós apenas estamos começando uma luta de verdade...”
“...Minha mensagem de despedida neste momento não é um adeus, mas um até logo”.
Pois bem. Serra voltou. Depois de um mergulho de pouco mais de dois meses, dedica-se a espinafrar o novo governo no microblog.
Serra exercita agora todo o oposicionismo que hesitou em praticar no ano passado. Na briga pelo voto, revelou-se capaz de tudo, exceto de se opor a Lula.
Na primeira fase da campanha, Serra surpreendeu até os aliados ao levar a foto de Lula à propaganda televisiva, associando sua biografia à do patrono da rival.
Passada a quarentena da derrota, o ex-quase-oposicionista leva às fronteiras da web um antagonismo em seu grau máximo.
Nos últimos dias, o Serra do microblog revelou-se um adversário atento. Nada parecia escapar-lhe ao campo de visão.
Discorreu sobre o flagelo que produz cadáveres em conta-gotas na região serrana do Rio de Janeiro. Primeiro, mirou em São Pedro:
“Quaisquer que sejam as responsabilidades históricas e atuais dos governos, as catástrofes decorrentes das chuvas...”
“...Têm a ver com o volume inusitado de água nos anos recentes. São verdadeiras mudanças climáticas, que, aliás, envolvem todo o mundo”.
Depois, Serra voltou-se contra a dupla que o fez amargar sua segunda derrota em eleições presidenciais. Soou implacável:
“As tragédias não serão atenuadas com o gogó. Não bastam anúncios, como os feitos pelo governo Lula-Dilma há um ano e nada acontecer”.
Oposicionista retardatário, Serra já nem se importa em flertar com um surto de amnésia.
O grão-tucano se esquece de recordar que, até bem pouco, governava uma São Paulo que, submetida à hegemonia tucana, convive com cheias anuais.
No twitter, Serra salta de um assunto a outro com a velocidade de um raio. Servindo-se do noticiário sobre o descalabro da Funasa, recobra a memória:
“Como eu disse mil vezes o PT destruiu a Funasa e a Anvisa, com fisiologismo, corrupção e incompetência”.
Antes mesmo da subida dos juros, Serra realçava a herança deixada por aquele Lula que, na campanha, dissera estar “acima do bem e do mal”:
Escreveu: “Economia brasileira hoje: inflação em alta, déficit sideral do balanço de pagamentos, nó fiscal, carências agudas de infraestrutura...”
Acrescentou: “...Tudo isso foi produzido no governo Lula-Dilma e deixado para o governo Dilma. Ou não?”
Num instante em que o DEM se auto-extirpa numa guerra interna e o PSDB discute o significado do vocábulo “refundação”, Serra desce à arena com disposição de leão.
Não parece disposto a entregar de mão-beijada ao neo-senador Aécio Neves os títulos de “líder da oposição” e de "candidato natural".
Aécio fala em “construir pontes”. Serra, antes acomodatício, acomoda dinamite nos pilares. Decifra-se o enigma do “até logo” de outubro. Significa 2014.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cartão corporativo: R$ 80 milhões torrados em 2010

Em 2010, último ano do reinado de Lula, o governo torrou R$ 80 milhões com cartões corporativos –R$ 15 milhões a mais que em 2009. Um recorde.
Deve-se a compilação das despesas ao repórter Milton Júnior, do sítio Contas abertas
Criados em 2001, sob FHC, os cartões sorveram desde então da bolsa da Viúva notáveis 357,6 milhões de reais.
A repartição mais estróina é a Presidência da República. Responde pelo grosso das despesas: 105,5 milhões de reais nos últimos nove anos.
O governo se jacta de ter levado as despesas ao “portal da transparência”. Esquece-se de mencionar, porém, um famigerado detalhe.
Nada menos que 93% dos dispêndios feitos com cartões são sigilosos. Sabe-se que a grana saiu. Mas ignora-se o seu destino.
Sonega-se da platéia o essencial sob a seguinte alegação: os dados são “protegidos por sigilo, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.
No topo do ranking de gastadores de 2010 encontra-se o Ministério do Planejamento, que triplicou as despesas em relação a 2009: R$ 19,3 milhões.
Aqui, ao menos, há uma explicação palusível. O salto é atribuído ao manuseio de cartões por agentes contratados pelo IBGE para a realização do censo.
Sozinho, o IBGE respondeu por quase 90% do aumento de R$ 15 milhões anotado em 2010.
Logo a seguir vem a Presidência, com gastos totais de R$ 18,9 milhões. Tudo protegido sob o manto do sigilo.
Em 2007, como se recorda, o estouro dos cartões converteu-se em escândalo. O governo prometera, então, racionalizar as despesas.
Deu-se, porém, o oposto. A coisa avolumou-se. Onze órgãos tonificaram o uso do dinheiro de plástico.
Deus criou o dinheiro. E o homem se deu conta de que era boa a criação divina. Mas o diabo logo inventou o Imposto de Renda.
Desde então, os governos desfrutam do mais delicioso de todos os privilégios: o direito de torrar a grana alheia.
A idéia de que dinheiro público é grátis faz de toda tentativa de governo um ato de desperdício.
O Estado gasta a mancheias o que recolhe com mão grande. De quebra, chama de "contribuinte" o coletado involuntário.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Grupo ligado a Gerdau fará o diagnóstico da Funasa

Acertada com a presidente Dilma Rousseff, a colaboração do empresário Jorge Gerdau com o governo começa pela Funasa.
Nesta quarta (19), o ministro Alexandre Padilha (Saúde) deve promover o primeiro encontro do time de Gerdau com a direção do órgão.
Padilha acertara a parceria com Gerdau dias antes de apossar-se da cadeira de ministro. Já então escolhera-se a Funasa como alvo inaugural.
Há 13 dias, já na condição de ministro, Padilha recebeu Gerdau em seu gabinete.
O empresário estava acompanhado do consultor Vicente Falconi, do IDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial).
Na reunião desta terça, os especialistas em gestão pública começam a recolher dados para a elaboração de um "diagnóstico".
Pretende-se: remodelar o funcionamento da Funasa, impor metas à fundação e retirar o órgão do “noticiário policial”.
O time de Gerdau, ligado ao MBC (Movimento Brasil Competitivo), arregaça as mangas na Saúde antes mesmo da formalização do grupo de gestão prometido por Dilma.
Ainda na fase de transição, Dilma convidou Gerdau para coordenar um comitê cuja atribuição será aperfeiçoar o funcionamento da máquina estatal.
A Funasa constitui um desafio singular. Levantamento veiculado pela Folha revelou que, nos últimos quatro anos, foram detectados ali desvios de R$ 500 milhões.
O trabalho da equipe de Gerdau começa contra pano de fundo que envolve uma disputa entre PT e PMDB pelo comando da Funasa.
Padilha tentou trocar o presidente, João Faustino. Padrinho político de Faustino, o líder do PMDB Henrique Eduardo Alves chiou. E a subistutuição foi ao freezer.
A despeito do adiamento, Padilha já promoveu três reuniões com a cúpula da Funasa. A mais importante ocorreu na quarta-feira da semana passada.
O ministro determinou à fundação que priorize a execução de obras de saneamento do PAC. A Funasa opera em cidades com menos de 50 mil habitantes.
O objetivo de Padilha, esmiuçado na reunião, é o de concentrar esforços em cidades dos 16 Estados sob ameaça da Dengue.
Tenta-se, assim, reparar a engrenagem da Funasa sem trocar o comando e com a máquina em movimento.
Padilha não conhece a Funasa apenas de ouvir dizer. No primeiro reinado de Lula, trabalhou no órgão. Foi diretor de Saúde Indígena.
Nessa época, comandava a pasta da Saúde um ministro petista: Humberto Costa, hoje senador eleito por Pernambuco.
Significa dizer que, no limite, PT e PMDB são sócios também no descarrilamento da Funasa, que o time de Gerdau tenta agora repor nos trilhos.
Fonte: Blog do josias

Suíça estica bloqueio de R$ 22 mi atribuídos a Maluf

  Folha
A Justiça da Suíça decidiu prorrogar o bloqueio de uma conta atribuída a Paulo Maluf (PP-SP).
Coisa de US$ 13 milhões. Em reais: R$ 21,8 milhões. O dinheiro havia sido retido em 2001.
Autoridades suíças perguntaram ao Ministério Público brasileiro (o de SP e o federal) se desejavam manter o bloqueio.
A resposta foi positiva. Daí a prorrogação da medida que impede a movimentação da conta.
Foi aberta numa agência bancária da cidade de Lousanne em nome de Lygia Maluf, filha do deputado.
Suspeita-se que guarda dinheiro desviado da prefeitura de São Paulo. A repatriação do numerário depende de decisão judicial.
O diabo é que, por ora, a conta da suíça frequenta um processo que ainda se encontra na fase de denúncia.
Como deputado, Maluf dispõe de prerrogativa de foro. O caso subiu ao STF. Já lá se vão quatro anos. E nada.
Os autos encontram-se no gabinete do ministro Ricardo Lewandowsk. Ele terá de dizer se há provas suficientes para a abertura de uma ação penal.
Depois de elaborar o seu voto, Lewandowski irá submetê-lo ao plenário do Supremo. Uma vez aberta a ação, inaugura-se a fase do contraditório.
Os advogados de Maluf farão, então, a defesa de seu cliente. Curiosamente, o deputado alega que não tem dinheiro depositado no estrangeiro.
Maluf vai além: diz que tampouco seus familiares têm conta no exterior. A lorota não se restringe aos US$ 13 milhões retidos na Suíça.
Levantamento feito pelo repórter Mario Cesar Carvalho contabiliza em US$ 140 milhões o pedaço conhecido da fortuna enviada por Maluf para fora do país.
O dinheiro encontra-se bloqueado em casas bancárias nas Ilhas Jersey, na Suíça, em Luxemburgo e na França.
Dinheiro sem dono é coisa incomum. Se Maluf diz que não lhe pertence, deveria desconstituir os advogados –aqui e alhures. Pouparia tempo. Que é dinheiro.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Chico Anysio piora da pneumonia: 'Estado é bastante grave', diz mulher


Boletim médico divulgado nesta quarta-feira, 17, informa que o humorista também apresenta um quadro de insuficiência cardíaca.

João Miguel Jr /TV Globo

Chico Anísio (foto de arqiovo)

Mulher do humorista Chico Anysio, Malga di Paula afirmou em seu Twitter, nesta terça-feira, 18, que o estado de saúde do marido piorou. 

"O estado do Chico é bastante grave. A pneumonia, desta vez, está sendo muito cruel com ele", disse ela no microblog. "As últimas 24 horas foram difíceis para o Chico", continuou.

O último boletim médico, divulgado no início desta tarde, informou que a pneumonia está mais resistente.  

"O quadro do paciente é grave, pois a pneumonia diagnosticada na base do pulmão direito não está regredindo", diz um trecho da nota. 


O médico, Luiz Cesar Cossenza Rodrigues, que assina o bolteim, informou que o quadro de pneumonia está mais agressivo, pois os germes estão mais resistentes aos antibióticos.

A nota diz ainda que Chico Anysio tem apresentado ao longo do dia um quadro de insuficiência cardíaca, com a pressão arterial muito baixa por um período. No momento o paciente está com um aparelho monitorando o coração, além do suporte mecânico para respirar. 

O ator Bruno Mazeo, filho de Chico, também comentou no Twitter o estado de saúde do pai: "Mais uma vez, obrigado a todos os que vem manifestando carinho e vibrações positivas pela recuperação do meu pai. De coração. A luta continua", escreveu.

Chico Anysio foi internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no dia 2 de dezembro, com quadro de falta de ar. Após avaliação, foi detectada obstrução da artéria coronariana, e ele foi submetido a angioplastia, procedimento que desobstrui as artérias. 


Durante o período pós-operatório, Chico apresentou novo quadro de falta de ar. Foi diagnosticado um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração.