Chama-se CR 5 Brasil Segurança a empresa que o PT contratou para guardar as costas de Dilma Rousseff.Tem alvará para prestar serviços de segurança patrimonial. Não deveria prover segurança pessoal.
Sediada em São Paulo, a firma só poderia atuar em Brasília se tivesse na Capital uma filial, com cofre para guardar as armas. Não tem.
Os dados acima foram colecionados pelos repórteres Matheus Leitão e Ranier Bragon. Encontram-se noticiados na Folha.
Parte dos seguranças que batem ponto nos imóveis usados por Dilma (casa e escritórios) vem da equipe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
Um deles, ouvido pelos repórteres, disse que ter dado baixa do Exército. Na reserva, trocou a labuta do Planalto pelo rififi da campanha.
Procurada, a assessoria de Dilma disse que as dúvidas deveriam ser esclarecidas pelo PT, responsável pela contratação da A CR 5 Brasil Segurança.
Ouvido, o partido cuidou de afastar o esquema de segurança de sua candidata das arcas públicas:
"Todos os prestadores de serviço e empresas que trabalham na pré-campanha da ex-ministra Dilma Rousseff são contratados pelo PT", disse a legenda, em nota.
E quanto às dúvidas sobre a legalidade da atuação da empresa? O petismo informou que encaminharia o contrato ao “Departamento Jurídico, para verificação".
Antes, os repórteres haviam entrevistado Charles Abreu. Vem a ser o representante legal da firma em Brasília.
Ele dissera que os serviços prestados à candidata petista são executados, em verdade, pela empresa PK 9.
Trata-se de firma de serviços gerais, não de segurança. Integra o grupo da CR 5. Charles confirmara que o contrato é firmado pelo PT.
Cassiano Rodrigues de Oliveira, dono da CR 5, disse que a PK 9 tem "contrato com o PT". Disse que não o mostraria.
Referiu-se à equipe que rodeia Dilma como "seguranças da Casa Civil".Quentioando sobre a legalidade da coisa, escorregou:
"Preciso checar. Como são os funcionários na casa da ministra? Eles andam armados? Fazemos controle de acesso em Brasília e não segurança."
A CR 5 é uma empresa relativamente nova. Foi criada em maio de 2005. Três anos depois, beliscou contratos com o governo federal.
Presta serviços em prédios paulistas de três pastas: Agricultura (Embrapa), Fazenda (delegacia da Receita) e Educação (Universidade Federal de São Carlos).
Em 2008, a CR 5 recebeu da Viúva R$ 1,3 milhão. Em 2009, os contratos foram ajustados. Passaram a render R$ 1,8 milhão.








