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domingo, 30 de maio de 2010

Concluída a reforma no prédio do Palácio do Planalto

Lula Marques/Folha
Operários retiram o tapume que ocultava a fachada do Palácio do Planalto

Foi “devolvida” à paisagem da Praça dos Poderes, em Brasília, a fachada do Palácio do Planalto, um dos cartões postais de Brasília.

Cercada por tapumes desde março do ano passado, a vista frontal do prédio onde despacha o presidente da República foi liberada.

Sob responsabilidade do setor de Engenharia do Exército, a reforma foi concluída. Neste final de semana, os operários dedicam-se aos retoques e à limpeza.

A obra teve todos os problemas que costumam infelicitar os empreendimentos públicos no Brasil.

Orçada em R$ 78,8 milhões, saiu por R$ 96 milhões. Diferença de 17,2 milhões.

Deveria ter ficado pronta em um ano, antes do aniversário de Brasília, celebrado em 21 de abril. Atrasou dois meses.

De saída, descobriu-se que os operários foram às marretas sem que o governo do DF tivesse expedido um alvará. A Viúva foi multada em R$ 2.689,11.

O TCU detectou falhas na licitação. O orçamento das empresas embutia ISS de 5%. Em Brasília, o tributo sai por 2%.

Empurraram-se dentro da obra itens de mobiliário e de decoração, que deveriam ter sido licitados separadamente. Coisa de R$ 761,8 mil.

Mexe daqui, ajusta dali, o Planalto conseguiu manter o ritmo do canteiro de obras, sem interrupções. Os operários trabalharam em três turnos.

Nos próximos dias, começam a retornar ao prédio ministros, assessores e servidores. Lula será o último.

Estima-se que o presidente continuará despachando no Centro Cultural do Banco do Brasil, sede provisória do governo, até a primeira quinzena de junho.

De volta, o presidente terá à sua disposição, além do gabinete antigo, uma sala nova.

Na antiga, móveis que serviram ao ex-presidente Getúlio Vargas. Na nova, uma mesa de despachos que foi usada por Juscelino Kubitschek, devidamente restaurada.

Lula, que deixa o governo em dezembro, já disse que prefere o mobiliário de Vargas. Natural, já que desce ao verbete da enciclopédia como o “neo-pai dos pobres”.