Responsável pelas finanças da candidata petista é condenado em São Paulo
Paula Sholl
Senador Alvaro Dias (PR)
Brasília (28) – O ex-prefeito de Diadema José Filippi Junior, escalado para ser o tesoureiro da campanha da ex-ministra, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a devolver R$ 2,1 milhões aos cofres daquela prefeitura.
Ele é acusado de contratar o escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) sem licitação.
Ele é acusado de contratar o escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) sem licitação.
A banca, contratada com a desculpa de "notória especialização", recebeu cerca de R$ 2,1 milhões para defender apenas duas causas, segundo o Ministério Público. As informações foram publicadas hoje pelo jornal Folha de São Paulo.
O artifício de "notória especialização", usado pelo ex-prefeito para justificar a irregularidade, foi desmentido pela decisão judicial. Além disso, a prefeitura tem à disposição 51 promotores para defender os interesses do município.
"É o modelo delubiano de tesouraria. Sem exceção, os recentes tesoureiros petistas estão envolvidos em escândalos. Parece uma escola de formação, cuja especialidade é o desvio de conduta", critica Alvaro Dias.
Para o senador, o momento para modificar esse modelo se aproxima com as eleições. A sociedade terá a oportunidade de escolher entre um método complacente com "o crime, com o ilícito e com a corrupção" e outro preocupado com a verdade, em combater abusos. "Essa é uma questão para a população prestar muita atenção, diferenciar os modelos", avalia.
Além de ter de devolver o valor repassado ao escritório de Greenhalgh, o ex-prefeito petista Filippi Junior foi condenado à perda dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos. O tesoureiro de Dilma Rousseff foi condenado em duas decisões. Na primeira, houve um voto a favor dele, o que tornou possível a reavaliação do caso. Mas voltou a perder por quatro votos contrários e um a favor.
Filippi Junior soma-se a um time de ex-tesoureiros petistas envolvidos com a Justiça. São ele: Valdebran Padilha, envolvido na compra de falso dossiê contra tucanos; João Vaccari Neto, acusado de desviar recursos da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para campanhas do PT; e, Delúbio Soares, denunciado como operador do esquema de pagamento de propina a políticos do PT e partidos aliados.
Fonte: Agência Tucana








