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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Para Serra, Brasil está longe da média de crescimento atual

Foto: Willian Volcov/AE Zoom Serra afirmou 
que falta gestão e planejamento para o crescimento econômico do país Serra afirmou que falta gestão e planejamento para o crescimento econômico do país

O pré-candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira, que no governo atual, o Brasil está mais longe da média de crescimento mundial. Durante o Exame Fórum, que debateu o tema "Brasil - A Construção da 5ª Maior Economia do Mundo", em São Paulo, o pré-candidato criticou o governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em diversos momentos.

Serra disse que três tipos de problemas impedem o crescimento sustentável a médio e longo prazo. Em primeiro lugar está a questão do investimento. Segundo o tucano, com a taxa atual o Brasil não tem chances de crescer. A elevada carga tributária e a política macroeconômica de juros e câmbio também foram problemas destacados.

O pré-candidato salientou que o Brasil tem os maiores juros reais do mundo e tem, paralelamente, a carga tributária mais alta de todos os países emergentes. Além disso, o país tem uma das menores taxas de investimento público.

Serra afirmou ainda que falta gestão e planejamento para o crescimento econômico do país. Para ele, o comércio exterior também é uma variável crucial neste contexto.

Falta investimentos

Em resposta ao tema proposto pelo Fórum, Serra voltou a criticar o câmbio. “Quando o Brasil chegará a quinta economia do mundo? O Brasil hoje é o nono. O pessoal diz a oitava, mas está caindo na armadilha do câmbio sobrevalorizado, porque quanto mais sobrevaloriza o câmbio, mais aumenta o Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou. Outra crítica de Serra foi com relação ao loteamento dos cargos públicos.

“Para que o governo possa realmente planejar tem que ter qualidade de gestão. E isso é totalmente contraditório com loteamento político do governo. O que aconteceu na esfera federal é gravíssimo”. Segundo ele, os órgãos do governo passaram a ser “ponto de estacionamento de políticos sem mandatos que não têm, necessariamente, qualificação para isso”.

Segundo o tucano, no Brasil “não se investe e nem está previsto no plano de energia a economia de energia", disse explicando que não se dá prioridade para algo que na Europa foi crucial para a sustentabilidade da gestão energética. O presidenciável destacou ainda que "grandes empresas hidrelétricas tem suas concessões com fim em 2015 sem nada ter sido feito até agora", afirmou.

Ele defendeu que, para o Brasil tornar-se uma potência mundial, deve ainda resolver os problemas do desemprego e investir em escolas técnicas. “Não quero crescimento pelo crescimento. Quero crescimento para bons empregos”, afirma. “Temos oito milhões de desempregados no Brasil. É muita gente. Essa questão é essencial. Temos que empregar e empregar direito, com bons salários”, completou