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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Marina: "não há rompimento com a atual política social"

Marina e seu vice, Guilherme Leal, apresentaram as propostas de 
implementação de programas sociais de terceira geração Foto: Ale 
Cabral/Futura Press
Marina apresentou a proposta ao lado do vice Guilherme Leal e o economista Ricardo Paes de Barros
Foto: Ale Cabral/Futura Press
Na apresentação do que vem chamando de programas sociais de terceira geração como proposta de governo, a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV) deixou claro que não serão criados novos programas. "Não há rompimento com a atual política social", ressaltou. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (3), a pré-candidata verde explicou que a ideia é fazer uma integração de todos os programas já existentes.
Ao lado de Marina, estavam seu vice, Guilherme Leal, e o economista e pesquisador do Ipea Ricardo Paes de Barros, que lidera a formulação do tema no programa de governo do PV. O projeto conta com a criação de um agente de desenvolvimento responsável por atender individualmente cada família e, assim, destiná-las aos programas sociais mais adequados às suas necessidades. "A ideia é usar o canal de comunicação do Bolsa Família e do Cadastro Único para criar uma cesta de oportunidades customizada", disse Barros.
Segundo o economista, será, em média, um agente para cada 50 famílias e eles farão esse acompanhamento por um tempo determinado. Depois, caberá a cada núcleo familiar gerir "sua própria política social". As bases da reformulação estão fundamentadas em três passos: separar a oferta de serviços sociais da demanda, integrar o Cadastro Único e criar o agente familiar.
Baseado no projeto chileno "Chile Solidário", a integração proposta pelo PV quer promover uma junção de programas como o Bolsa Família e o rural Territórios da Cidadania. "Esse programa é um avanço em relação ao que tinha antes (...) É um coach, é um personal trainer", afirmou Barros.
Questionado sobre a similaridade com o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), Barros disse que a ideia é fazer o mesmo, porém de forma funcional. "Na verdade, temos vários agentes que visitam famílias (...) queremos ter resolutividade", reforçou.
O economista mencionou também a questão do custo, que, segundo ele, será muito mais de gestão e de esforço político do que propriamente monetário. "Não serão custos astronômicos (...) podemos dizer que não é nada fora do padrão". Além disso, Marina acrescentou que os funcionários do Estado que já trabalham nessa área serão utilizados. "Seria uma adicionalidade muito pequena em termos de pessoas", afirmou. "Parte dessa atenção às familias pode ser feita com instituições do terceiro setor, não apenas funcionários do Estado", adicionou Barros.
Quanto às contrapartidas que deverão ser cumpridas pelas famílias, o partido ainda não tem uma proposta definitiva. Barros afirmou ainda que a sociedade poderá ser consultada sobre quais podem ser essas condições. "Condicionalidades serão definidas bem mais tarde", explicou