Lula Marques/Folha
Nos últimos três anos e meio, o PSDB de Tasso Jereissati serviu de escudo para o governador Cid Gomes (PSB) na Assembléia Legislativa do Ceará.

No início do mês, as relações do irmão de Ciro Gomes com o grão-tucano azedaram. E o PSDB cearense experimentou uma súbita metamorfose.
De escudo, o tucanato converteu-se em atiradeira. Aderiu à proposta de abertura de uma CPI para investigar a gestão de Cid no legislativo local.
Curiosamente, a proposta de investigação partiu do deputado estadual Heitor Férrer, cujo partido, o PDT, acaba de aderir à campanha reeleitoral de Cid.
Deseja-se perscrutar as suspeitas que rondam a licitação para a obra de reforma do Castelão, um estádio de futebol que receberá jogos da Copa de 2014.
Para que a CPI saia do papel, são necessárias as assinaturas de 12 deputados. Sozinha, a bancada do PSDB reúne 14 jamegões.
Líder do tucanato na Assembléia, o deputado João Jaime refere-se ao caso como uma “uma questão grave”.
Alheio às alegações do ex-aliado Cid, que nega a ocorrência de malfeitos, Jaime não deixa dúvidas quanto à mudança dos ventos: