Hélio estaciona e Anastasia cresce 12 pontos em MG
Vitaminado pela propaganda eleitoral, o candidato tucano ao governo de Minas, Antonio Anastasia, tomou o elevador. Subiu 12 pontos no Datafolha.
Escorado na popularidade de Aécio Neves, grão-duque do tucanato mineiro, Anastasia saltou de 17% para 29%.
Hélio Costa (PMDB) manteve o índice anterior: 43%. Continua na liderança, mas já enxerga o antagonista no retrovisor. A dianteira caiu de 26 para 14 pontos.
O movimento ascendente de Anastasia vai na contramão do desempenho do presidenciável tucano no Estado.
Em Minas, a despeito de Aécio, José Serra (29%) está, segundo o Datafolha, 19 pontos percentuais atrás de Dilma Rousseff (48%).
O êxito de Anastasia é essencial para o projeto político de seu patrono. Favorito na briga pelo Senado, Aécio chegará a Brasília manco se não fizer o governador.
Em posição mais confortável que a do correligionário mineiro, o tucano Geraldo Alckmin manteve no Datafolha os 54% que obtivera na pesquisa anterior.
Amparado no prestígio de Lula, o candidato petê Aloizio Mercadante subiu quatro pontos desde o início do horário eleitoral. Foi de 16% para 20%.
Está, ainda, longe do piso que se costuma atribuir ao petismo no maior colégio eleitoral do país, ao redor de 30%.
De resto, para desassossego do PT, Mercadante não cresce sobre Alckmin. Mastiga votos do terceiro colocado, Celso Russomano (PP), que caiu de 11% para 7%.
Mantém-se a perspectiva de vitória de Alckmin no primeiro turno. Ainda que a refrega deslize para o segundo round, a situação de Mercadante não é rósea.
Nessa hipótese, informa o Datafolha, Alckmin prevaleceria sobre Mercadante pelo placar de 62% a 29%.
A exemplo do que ocorre em Minas, a solidez de Alckmin contrasta com o derretimento do presidenciável tucano.
Em São Paulo, Estado que governou até abril, Serra (36%) já amarga desvantagem de cinco pontos percentuais em relação a Dilma (41%).
No Rio, encurtou-se a diferença entre Sérgio Cabral (PMDB) e Fernando Gabeira (PV). Nada que altere, porém, o cenário de vitória de Cabral no primeiro turno.
Nos últimos 15 dias, Cabral deslizou um ponto para baixo –de 57% para 56%. E Gabeira oscilou três pontos para cima –de 14% para 17%.
A diferença entre os dois caiu de 43 pontos para 39 pontos. Um movimento pouco acima da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais.
Terceiro vértice do chamado triângulo das bermudas, o Rio, atrás apenas de São Paulo e Minas em número de eleitores, também não sorri para Serra.
Ali, o presidenciável tucano dispõe de 23% das intenções de voto. A rival petista soma 46%. Diferença de 23 pontos percentuais.
Os números coletados pelos pesquisadores do Datafolha no Distrito Federal vão ao noticiário com cheiro de novidade.
Agnelo Queiroz (PT) encostou em Joaquim Roriz (PSC), retirando da face do rival a aparência de favorito que ostentava.
No cenário de primeiro turno, Agnelo oscilou de 33% para 35%. Roriz manteve-se no patamar de 41%. Porém...
Porém, detectou-se alteração digna de nota na sondagem de segundo turno. Na virada de um turno para o outro, Roriz sobe quatro pontos. Agnelo, escala nove.
Há 15 dias, Roriz prevalecia sobre Agnelo por 46% a 39%. Hoje, o placar é de 45% e 44%. Um empate técnico.
Nas outras praças pesquisadas pelo Datafolha, reforçaram-se as tendências esboçadas na sondagem feita antes do início da propaganda eletrônica.
No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) ampliou em quatro pontos a vantagem sobre José Fogaça (PMDB). De 38%, Tarso foi a 42%. Fogaça manteve-se em 27%.
Em Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) abriu 50 pontos de dianteira sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB). Prevalece em primeiro turno por 67% a 19%.
Na Bahia, informa o Datafolha, o governador petista Jaques Wagner, com 47%, seria reeleito também no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
No Paraná, conforme já noticiado aqui, o tucano Beto Richa (47%) é outro candidato a governador que flerta com a vitória no turno inaugural da eleição.