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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bisbilhotice da Receita em Mauá alcançou 140 CPFs

Subiu de quatro para 140 o número de contribuintes que tiveram os dados fiscais devassados no escritório da Receita Federal de Mauá (SP).

Deve-se a informação ao repórter Roberto Maltchik. A notícia produzida por ele foi às páginas do Globo, edição desta sexta (27).

Descobriu-se, em essência, o seguinte:

1. Nem só de tucanos é feita a lista de contribuintes submetidos à bisbilhotagem. Inclui personalidades, empresários, políticos e pessoas alheias à política.

2. A máquina utilizada na devassa é a da analista tributária Adeildda Ferreira Leão dos Santos, lotada em Mauá.

3. Entre os 140 CPFs perscrutados, pelo menos sete operações foram feitas sem motivação. As demais encontram-se sob análise da Corregedoria da Receita.

4. Incluem-se no rol dos acessos imotivados os nomes dos quatro personagens ligados ao PSDB e ao presidenciável tucano José Serra.

5. São eles: Eduardo Jorge, Ricardo Sérgio, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Gregório Marin Preciado.

6. Os outros três contribuintes varejados sem justificativa plasível são:

Gilmar Argenta, filiado ao PCdoB; a mulher dele, Carla Argenta; e Amauri Baragatti, um ex-integrante dos quadros do PSDB.

7. Um suplente da senadora Marisa Serrano (MS), 1ª vice-presidente do PSDB, também teve os dados fiscais xeretados.

Chama-se Antonio Russo Netto. Pecuarista, ele não opera em Mauá nem nos arredores. Ouvido, declarou-se perplexo:

“Não tenho negócios no ABC. Minha declaração foi feita em São Paulo. Sinceramente, não vejo motivos para que meu nome esteja nesta lista”.

8. Além de Ricardo Sérgio, ex-diretor do BB na era FHC e ex-coletor de arcas de campanhas de Serra, foi alcançado pela devassa um ex-sócio dele.

Trata-se de Ronaldo de Souza. Curiosamente, já morreu. Era sócio de Ricardo Sérgio numa empresa chamada Antares Participações.

9. A partir do terminal de Adeildda, imprimiram-se as declarações de Imposto de Renda de quatro membros da família Klein.

Eis os nomes: Samuel Klein, fundador das Casas Bahia; Michael Klein, presidente da companhia; Maria Alice Klein, mulher dele; Raphael Klein, neto do patriarca Samuel.

Minuciosa, a bisbilhotagem estendeu-se até os dados de uma ex-mulher de Michael Klein: Jeanete Roizman.

10. Apalpou-se também o Imposto de Renda de 2009 da apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo.

11. Além de Adeildda, encontram-se sob investigação outras duas analistas do fisco: Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva e Ana Maria Caroto Cano.

12. Ouvidas pela Corregedoria, a trinca negou participação nas violações.

13. As primeiras incursões inusitadas feitas em Mauá ocorreram entre agosto e dezembro do ano passado.

Nessa época, alvejaram-se os dados de empresários, políticos, desportistas e artistas de várias regiões do país, distantes do ABC paulista –do Piauí a Santa Catarina.

A encrenca resultou num pedido de investigação feito por PSDB, DEM e PPS à Procuradoria-Geral da República. A oposição deve mover ação também no TSE.

José Serra responsabilizou o comitê de Dilma Rousseff pelo malfeito. Disse que a rival deve explicações ao país.

Em reação, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou que o partido moverá duas ações contra Serra. Uma por injúria e difamação. Outra por danos morais.

Além da Corregedoria do fisco, participa da investigação a PF. Sob a alegação de que o processo corre em segredo, os órgãos se negaram a comentar o caso.

- Serviço: Aqui, a notícia do repórter Roberto Maltchik, reproduzida em clipping. Traz no rodapé os nomes dos 140 contribuintes bisbilhotados a partir de Mauá.

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Escrito por Josias de Souza às 07h32

Hélio estaciona e Anastasia cresce 12 pontos em MG

Vitaminado pela propaganda eleitoral, o candidato tucano ao governo de Minas, Antonio Anastasia, tomou o elevador. Subiu 12 pontos no Datafolha.

Escorado na popularidade de Aécio Neves, grão-duque do tucanato mineiro, Anastasia saltou de 17% para 29%.

Hélio Costa (PMDB) manteve o índice anterior: 43%. Continua na liderança, mas já enxerga o antagonista no retrovisor. A dianteira caiu de 26 para 14 pontos.

O movimento ascendente de Anastasia vai na contramão do desempenho do presidenciável tucano no Estado.

Em Minas, a despeito de Aécio, José Serra (29%) está, segundo o Datafolha, 19 pontos percentuais atrás de Dilma Rousseff (48%).

O êxito de Anastasia é essencial para o projeto político de seu patrono. Favorito na briga pelo Senado, Aécio chegará a Brasília manco se não fizer o governador.

Em posição mais confortável que a do correligionário mineiro, o tucano Geraldo Alckmin manteve no Datafolha os 54% que obtivera na pesquisa anterior.

Amparado no prestígio de Lula, o candidato petê Aloizio Mercadante subiu quatro pontos desde o início do horário eleitoral. Foi de 16% para 20%.

Está, ainda, longe do piso que se costuma atribuir ao petismo no maior colégio eleitoral do país, ao redor de 30%.

De resto, para desassossego do PT, Mercadante não cresce sobre Alckmin. Mastiga votos do terceiro colocado, Celso Russomano (PP), que caiu de 11% para 7%.

Mantém-se a perspectiva de vitória de Alckmin no primeiro turno. Ainda que a refrega deslize para o segundo round, a situação de Mercadante não é rósea.

Nessa hipótese, informa o Datafolha, Alckmin prevaleceria sobre Mercadante pelo placar de 62% a 29%.

A exemplo do que ocorre em Minas, a solidez de Alckmin contrasta com o derretimento do presidenciável tucano.

Em São Paulo, Estado que governou até abril, Serra (36%) já amarga desvantagem de cinco pontos percentuais em relação a Dilma (41%).

No Rio, encurtou-se a diferença entre Sérgio Cabral (PMDB) e Fernando Gabeira (PV). Nada que altere, porém, o cenário de vitória de Cabral no primeiro turno.

Nos últimos 15 dias, Cabral deslizou um ponto para baixo –de 57% para 56%. E Gabeira oscilou três pontos para cima –de 14% para 17%.

A diferença entre os dois caiu de 43 pontos para 39 pontos. Um movimento pouco acima da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais.

Terceiro vértice do chamado triângulo das bermudas, o Rio, atrás apenas de São Paulo e Minas em número de eleitores, também não sorri para Serra.

Ali, o presidenciável tucano dispõe de 23% das intenções de voto. A rival petista soma 46%. Diferença de 23 pontos percentuais.

Os números coletados pelos pesquisadores do Datafolha no Distrito Federal vão ao noticiário com cheiro de novidade.

Agnelo Queiroz (PT) encostou em Joaquim Roriz (PSC), retirando da face do rival a aparência de favorito que ostentava.

No cenário de primeiro turno, Agnelo oscilou de 33% para 35%. Roriz manteve-se no patamar de 41%. Porém...

Porém, detectou-se alteração digna de nota na sondagem de segundo turno. Na virada de um turno para o outro, Roriz sobe quatro pontos. Agnelo, escala nove.

Há 15 dias, Roriz prevalecia sobre Agnelo por 46% a 39%. Hoje, o placar é de 45% e 44%. Um empate técnico.

Nas outras praças pesquisadas pelo Datafolha, reforçaram-se as tendências esboçadas na sondagem feita antes do início da propaganda eletrônica.

No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) ampliou em quatro pontos a vantagem sobre José Fogaça (PMDB). De 38%, Tarso foi a 42%. Fogaça manteve-se em 27%.

Em Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) abriu 50 pontos de dianteira sobre Jarbas Vasconcelos (PMDB). Prevalece em primeiro turno por 67% a 19%.

Na Bahia, informa o Datafolha, o governador petista Jaques Wagner, com 47%, seria reeleito também no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

No Paraná, conforme já noticiado aqui, o tucano Beto Richa (47%) é outro candidato a governador que flerta com a vitória no turno inaugural da eleição.