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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ANDREA JUBÉ VIANNA - Agência Estado O candidato a vice na chapa da presidenciável Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), afirmou hoje, em debate organizado pela Rede Record e o Portal R7, que a demissão da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, não macula a candidatura petista e não deve adiar a definição da disputa para um segundo turno. "Não estou subindo no salto, mas acho que não vai exigir segundo turno, vamos ganhar a eleição no primeiro turno", afirmou o peemedebista. Ele recorreu à pesquisa Datafolha, divulgada hoje, que aponta Dilma na liderança da disputa presidencial - com vantagem de 24 pontos sobre José Serra (PSDB) - para sustentar que os escândalos não afetam a campanha. "É um indicativo que esses fatos não irão macular a candidatura", disse. Temer afirmou ainda que, se a chapa que compõe com Dilma sair vitoriosa, o futuro governo PMDB-PT vai "blindar a Casa Civil" e todos os demais órgãos para evitar desvios. Ele chamou de "acidente" o episódio envolvendo Erenice Guerra e alegou que, "quando esses acidentes ocorrem, são imediatamente corrigidos". Reportando-se aos escândalos que atingiram o governo Luiz Inácio Lula da Silva no passado, como o mensalão, Temer lembrou que os personagens envolvidos foram exonerados ou pediram demissão. "Vamos fazer a mesma coisa", concluiu. O candidato a vice na chapa de Serra, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), rebateu Temer. Ele acusou o governo de não debelar os supostos esquemas na Casa Civil e sustentou que o ex-ministro da pasta José Dirceu, que deixou o cargo por causa do envolvimento com o mensalão, "manda na campanha de Dilma". "Nesse governo quem vai mandar é ele (Dirceu), é a mesma coisa, o mesmo lugar onde foi montado o mensalão. Foi a Dilma que colocou a Erenice lá, ela era chefe da Erenice", acusou o democrata. Na tréplica, Temer afirmou que uma autoridade no comando de um órgão não é capaz de "conhecer os pormenores de cada um de seus assessores". Citando seu cargo de presidente da Câmara dos Deputados como exemplo, ele afirmou que "numa grande organização" podem acontecer coisas sem o conhecimento do superior. O peemedebista também repudiou a condenação antecipada de Erenice. Afirmou que, num "Estado democrático de direito", a ex-ministra da Casa Civil deve cumprir todas as etapas do processo legal, que passam pela investigação, defesa e produção de provas, até que se chegue à condenação ou à absolvição.

BRASÍLIA - Irmão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, José Euricélio Alves de Carvalho foi exonerado nesta quinta-feira, 16,da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) a pedido do governo do Distrito Federal. O governador Rogério Rosso (PMDB) também determinou nesta tarde à Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) a exoneração de Israel Dourado Guerra, filho de Erenice.
Em nota, o GDF informou que ambos eram comissionados, isto é, ambos com empregos públicos ganhos por indicação política. No caso de Israel, foi solicitada a suspensão "quaisquer pagamentos que o ex-servidor tenha a receber naquela Companhia". Os dois, apesar de terem esses empregos públicos, são personagens de escândalos envolvendo lobby, desvio de dinheiro público e cobrança de propinas.
Segundo o governo, também foi solicitada à Corregedoria do DF abertura de procedimento administrativo "para apurar eventuais irregularidades cometidas pelo ex-empregado no exercício de suas função, que pode resultar, como penalidade, em ressarcimento ao erário dos valores recebidos como salário".