Da Redação, com BandNews FM
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O empresário Alexandre Bourgeois, marido de Verônica Serra, filha do candidato à Presidência da República José Serra (PSDB), também teve os dados fiscais violados na agência da Receita Federal de Mauá, na Grande São Paulo. O acesso foi feito na mesma agência onde os dados de Verônica; do vice-presidente do partido de Serra, Eduardo Jorge; e de outras pessoas ligadas ao PSDB foram violados no ano passado.A Polícia Federal investiga os casos. Na última semana, a Receita reconheceu que um documento em nome da filha de Serra foi falsificado.
Nesta quarta-feira, uma comissão formada por deputados e senadores da oposição começou a recolher assinaturas para a criação de uma CPI Mista (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os casos de quebra de sigilo. A CPI deve ser criada em, no máximo, três semanas.
Investigações
De acordo com o grupo, o objetivo é descobrir quem é o responsável pelo vazamento das informações e qual a motivação das quebras de sigilos das pessoas ligadas ao PSDB. Para o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro, a criação da comissão não passa de “mais uma iniciativa eleitoreira do bloco”. “A gente compreende que é uma tentativa de politizar essa investigação. Eu acho que deve ser conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público”, diz Ferro.
O tucano Carlos Sampaio, por sua vez, diz que o argumento político não procede, uma vez a CPI deve começar a funcionar depois da eleição. O deputado afirma ainda que não se pode simplesmente ignorar os casos que já foram confirmados.
Para Sampaio, os responsáveis estão “utilizando todo esse aparelhamento do Estado para prática de ato ilícito”. A criação da CPI depende de 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
