Ana Paula Oliveira/Divulgação

Em sabatina realizada pelo jornal ‘O Globo’, José Serra levou à cena uma bola de cristal.
Previu: se Dilma Rousseff prevalecer sobre ele na sucessão, “o país não irá bem”.
Pior: sob Dilma, o governo será tão ruinoso que engolirá o futuro do patrono.
“Se a Dilma ganhar, Lula não se elege nem a deputado em 2014”, praguejou.
Na contramaré das pesquisas que revelam o sentimento continuísta do eleitorado, Serra disse: "O modelo Lula se esgotou”.
Acrescentou: “Botar lá gente que vai continuar com essa privatização do Estado, com os abusos, o desrespeito à democracia...”
“...Incompetência, desconhecimento da realidade, governo publicitário, é um risco muito grande para o Brasil".
Chamou Dilma de “envelope fechado”. E Comparou a operação casada Lula-Dilma ao flagelo Paulo Maluf-Celso Pitta:
"É igual ao Maluf. Escolheu alguém perto da inexistência”.
Evocando a célebre frase de Maluf –“Se o Pitta não for um bom prefeito, você não precisa votar mais em mim”—, Serra emendou:
“Só falta [o Lula] dizer para não votar mais nele se ela [Dilma] não fizer um governo bom".
Como quiromante, Serra destoa de outras pitonisas da própria oposição. Em privado, tucanos e ‘demos’ trabalham com duas hipóteses.
Eleita, Dilma pode produzir um bom governo ou um desastre. Se for bem, flertará com a reeleição. Se for mal, Lula volta.
De concreto, só uma previsão é realmente infalível: o futuro, por imprevisível, é impossível de prever.








