A Justiça Federal adiou para 12 de novembro o depoimento dos cinco réus envolvidos no vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado anteriormente para esta quinta-feira, dia 23. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira, dia 22, pelo juiz federal substituto Márcio Rached Milani, após audiência realizada no Fórum Federal Criminal, em São Paulo. Nesta quarta, cinco testemunhas de defesa no caso foram ouvidas durante duas horas.
A defesa dos réus, em conjunto, pediu o adiamento dos depoimentos após a promotoria solicitar a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos no furto da prova. Os réus no processo são Felipe Pradella, considerado o mentor do vazamento, Filipe Ribeiro Barbosa, Gregory Camillo, Luciano Rodrigues e Marcelo Sena Freitas.
Luiz Bezinelli, advogado de Luciano Rodrigues, afirmou na saída da audiência que aprova o pedido da Promotoria. “Aplaudi, gostei muito do pedido do Ministério Público e insisto nessa prova”, declarou. Para o advogado, a audiência de hoje não acrescentou nada que possa mudar o rumo do processo.
Pradella, Freitas e Barbosa eram funcionários temporários da Cetros - integrante do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção, que organiza o Enem - e estavam lotados na gráfica que imprimiu as provas. Camillo, DJ, e Rodrigues, dono de uma pizzaria, agiram como intermediários na tentativa de venda da prova para dois jornalistas do jornal O Estado de S.Paulo.
O vazamento do exame veio à tona após dois homens tentarem vender a prova por R$ 500 mil ao jornal. A reportagem avisou o Ministério da Educação (MEC), e o Enem, que ocorreria em outubro, foi adiado para dezembro, prejudicando 4 milhões de candidatos em 1,8 mil cidades do País.








