A equipe jurídica da recandidata Ana Júlia conseguiu um tento ao subtrair do programa de Simão Jatene dois minutos a título de direito de resposta: a justiça eleitoral deferiu as razões apresentadas pela “Coligação Acelera Pará”, sob a alegação de que imagens do debate da RBA foram editadas em desfavor de Ana Júlia e usadas por Jatene.
Ana Júlia aproveitou mal o direito de resposta: não passou confiança na réplica e o isso ficou por aquilo, resumindo o que poderia ser uma correição a um desfilar de milhões.
A propósito, devido aos afazeres de campanha, hoje foi a primeira vez que assisti ao programa eleitoral. O fiz durante o almoço em Igarapé-Miri.
O programa de Ana Júlia tem boa apresentação e plástica arredondada, mas, a atriz principal quando aparece torna-se mera figurante, sem transmitir qualquer aceno de credibilidade: é uma personagem sem conteúdo, que não conseguiu encarnar a potestade da figura governamental. Diminui o programa quando entra em cena.
O programa do PMDB tem certo ar abaçanado, como se fora um dia claro, mas, no qual o Sol está sempre escondido atrás das nuvens: a audiência fica à espreita de que no próximo segundo o brilho aumenta, frustrando-se ao cabo, pela insistência da densidade. O candidato, Juvenil, mesmo quando ela é grave, precisa dar mais leveza a sua fala, pois a tez com a qual se apresenta tem um quê de afastar a empatia que ele almeja conquistar.
O programa de Simão Jatene segue a linha carimbada pelo publicitário Orly Bezerra, com a já clássica fórmula de mostrar que o amarelo é azul. Como o PSDB acabou capitaneando o contra ponto ao PT, a equação se torna palatável e o azul, ao cabo, fica como se amarelo mesmo fosse.








