Folha

Na opinião de Marina Silva, o debate presidencial promovido pela Rede Globo foi tépido porque Dilma Rousseff e José Serra esquivaram-se do confronto.
“O debate foi importante, mas a atitude dos principais candidatos em não quererem perguntar [um ao outro] fez com que ficasse frio e morno”.
Marina estranhou: “Uma coisa interessante é que, no primeiro debate, havia uma ansiedade muito grande de Dilma e Serra se confrontarem”.
Ela comentou a estocada que recebeu do tucano:
“O Serra mudou. Ele me elogiava bastante antes, mas eu acho que ele ficou um pouco irritado em função da pergunta sobre o Renda Mínima”.
Repisou a tecla segundo a qual reúne mais condições do que Serra de confrontar-se com Dilma num segundo round:
“Eu sou o segundo turno viável. Eu sou a que tem efetivamente condição de disputar com a Dilma. O Serra seria a repetição de 2006”.
Além de apostar no prolongamento da disputa, Marina acha que vem aí um embate de saias:
“Há uma tendência de que o feminino pode ocupar a Presidência da República. O povo brasileiro saberá fazer justiça para que as duas mulheres, com tempo igual, possam debater”.
Tratou a profusão de sondagens eleitorais como um jogo de pôquer. E arrastou suas fichas:
“Estamos no segundo turno. O que as pesquisas estão mostrando é muito menor do que o que estamos vendo nas ruas”.
Dobrou a aposta: “No dia 3 de outubro, o Brasil terá uma grande surpresa: duas mulheres no segundo turno”.