Lula Marques/Folha

No Acre, Estado natal de Marina Silva, o PV decidiu apoiar a presidenciável petista Dilma Rousseff no segundo turno.
A decisão foi tomada em reunião da Executiva local do PV com o governador eleito do Acre, o petista Tião Viana.
No domingo (17), em convenção realizada em São Paulo, o PV federal optara pela neutralidade –ou “independência”, como prefere Marina.
Porém, a legenda havia liberado seus filiados para optarem por Dilma ou pelo tucano José Serra. Sob a condição de não usar na campanha os símbolos do PV.
A família do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988, vai às urnas dividida.
A viúva de Chico Mendes, Izalmar Mendes, vai de Serra. Declarou o voto na propaganda televisiva do tucano.
A filha, Elenira Mendes, que também pendia para Serra, deu meia-volta. Presente à reunião do PV, ela decidiu apoiar Dilma. Justiticou-se assim:
“Vou seguir a decisão da maioria dos meus companheiros. É mais coerente e também em respeito à relação respeitosa que mantemos com o Tião Viana”.
O PV integra o governo do Acre, comandado pelo PT há arrastados 12 anos.
O apoio do PV acreano a Dilma tem efeito mais simbólico do que prático. No primeiro turno, Serra prevaleceu no Acre com folgas.
Proporcionalmente, o candidato tucano arrancou das urnas votação que não obteve em nenhum outro Estado: 52,1% dos votos válidos.
Mais do que os 23,9% obtidos por Dilma. Marina, com 23,4%, ficou em terceiro lugar na sua terra.








