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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PSDB diz que PT usa a PF para tentar provocar racha na campanha de Serra

SÃO PAULO - A direção do PSDB acusou na tarde desta quarta-feira o PT de usar a Polícia Federal para provocar uma divisão no comando da campanha de José Serra. Segundo nota assinada pelo presidente do partido, Sérgio Guerra, a PF estaria tentando vincular o ex-governador e senador eleito Aécio Neves às ações do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que teria admitido em depoimento ter encomendado um dossiê contra o presidenciável tucano.
A nota do PSDB é uma reação ao fato de a PF ter afirmado nesta quarta-feira não haver provasde que o dossiê com dados sigilosos de tucanos tenha sido utilizado pela campanha petista.
"A mesma Polícia Federal que diz que só vai investigar o escândalo de Erenice Guerra depois das eleições, surge com um depoimento com o claro objetivo de tentar criar constrangimentos ao PSDB", diz a nota, referindo-se ao fato de que Amaury teria responsabilizado Aécio pela encomenda do suposto dossiê, que seria usado contra Serra, quando os dois tucanos disputavam a vaga de candidato do PSDB à Presidência.
Lamento profundamente que tais ocorrências contaminem um processo eleitoral que deveria ser marcado pelo debate de ideais
Em nota à imprensa , Aécio disse que repudia com "veemência e indignação" a tentativa de vinculação de seu nome "às graves ações envolvendo o PT e o senhor Amaury Ribeiro Jr.".
O senador eleito diz ainda que não conhece e nunca teve qualquer tipo de relação com o jornalista.
"Como disse o senador Sergio Guerra, quem deve explicações aos brasileiros é o PT, já envolvido anteriormente na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo e, agora, na quebra de sigilos fiscais de membros do PSDB. Lamento profundamente que tais ocorrências contaminem um processo eleitoral que deveria ser marcado pelo debate de ideais e de avanços para o país", diz Aécio no texto.
Eduardo Jorge diz que PF não pode sustentar a versão divulgada
Para o vice-presidente da legenda, Eduardo Jorge, que teve o seu sigilo fiscal quebrado, a polícia não pode sustentar essa versão porque os documentos teriam saído do comitê da campanha de Dilma Rousseff, segundo informação que ele teve quando foi avisado de que fora vítima do esquema.
- A polícia está se deixando manipular por interesses partidários. Mas é fácil desmontar essa versão (de que não há conotação política). É só eles responderem sobre como os sigilos chegaram ao PT e quem entregou os documentos para os petistas - disse ele, que nesta quarta-feira passou o dia em São Paulo.
A polícia está se deixando manipular por interesses partidários
Com a ressalva de que não acredita na hipótese de Aécio ter encomendado o dossiê, Eduardo Jorge declarou:
- Essa versão da polícia de que não tem link político é falsa. Ora, se o jornalista diz que fez para proteger o Aécio, já teria viés político - disse o vice-presidente do PSDB, reafirmando que não conversou com o Aécio nas últimas horas por não acreditar na possibilidade de fogo amigo dentro do partido.
Sérgio Guerra, também criticou o posicionamento da PF.
- As pessoas esquecem que os dados saíram do comitê do PT, então não tem nada mais contraditório do que dizer que não tem caráter político - disse ele.
Sobre o envolvimento do nome de Aécio, retrucou:
- Essa é uma denúncia na linha de dispersão.