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domingo, 3 de outubro de 2010

PSDB diz que Serra errou no discurso

Brasília. Na hipótese de um segundo turno entre a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra, será forte a pressão do PSDB e dos partidos aliados para uma imediata correção de rumos na campanha da oposição. O consenso entre tucanos e integrantes do DEM e do PPS é que Serra teve uma trajetória errática do início ao fim. E que a culpa não é dos partidos ou dos comandos da campanha.

Mas, apesar das fortes críticas internas à condução da campanha presidencial, a cúpula do PSDB decidiu estabelecer uma espécie de lei do silêncio nesta reta final, para não prejudicar ainda mais Serra. Há a constatação de que o candidato errou no discurso, na articulação política, na ofensiva tímida e até mesmo no programa de televisão. Não faltam críticas ao marqueteiro Luiz Gonzalez, responsável pela campanha.

Um integrante da cúpula tucana reconheceu que os erros foram tantos que a esperança de segundo turno foi ressuscitada, na reta final, mais pela ousadia da candidata do PV, Marina Silva, do que pela ação de Serra. Ao mesmo tempo, os tucanos reconhecem que subestimaram a força do presidente Lula como cabo eleitoral.

Outra constatação é a de que, enquanto Lula lançou precocemente a campanha de Dilma, a oposição ficou imobilizada numa disputa interna entre Serra e o ex-governador Aécio Neves. E mesmo depois da saída de Aécio do páreo, em dezembro, o então governador paulista ainda demorou mais de um mês para lançar sua candidatura.

Na lista de erros, também há o reconhecimento de que os tucanos tiveram vergonha de assumir o legado do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com feitos como Plano Real, a estabilidade econômica e a privatização do setor de telefonia.

A postura tímida do PSDB em oito anos de oposição a Lula foi repetida na campanha de Serra. Tucanos lembraram que o mesmo comportamento foi adotado, sem sucesso, pela campanha presidencial de Geraldo Alckmin, em 2006.