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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Unasul 'condena energicamente' a tentativa de golpe contra Correa

Efe
Entre as medidas definidas na reunião da Unasul contra tentativas de golpe de Estado estão fechamentos de fronteiras, suspensão do comércio, tráfego aéreo, fornecimento de energia e serviços


BUENOS AIRES - A União de Nações Sul-americanas (Unasul) expressou na madrugada desta sexta-feira, 1, uma "enérgica condenação" contra a tentativa de golpe de Estado contra o presidente equatoriano, Rafael Correa, e decidiu marcar uma visita dos chanceleres dos países-membros a Quito para expressar respaldo ao presidente equatoriano nas próximas horas.

Os líderes dos países da Unasul, reunidos em Buenos Aires, aprovaram uma declaração que "condena energicamente a tentativa de golpe de Estado e posterior sequestro de Rafael Correa" e ressalta a necessidade de que "os responsáveis do levante golpista sejam julgados e condenados".
Além disso, o documento adverte que os governos da região "não tolerarão sob nenhuma hipótese qualquer novo desafio à autoridade constitucional ou tentativa de golpe ao poder civil legitimamente eleito".
"Em caso de novos levantes, serão adotadas medidas concretas e imediatas, tais como fechamentos de fronteiras, suspensão do comércio, tráfego aéreo, fornecimento de energia e serviços", acrescentou a declaração.
Além disso, os líderes decidiram que a agenda da próxima cúpula ordinária da Unasul, prevista para 26 de novembro em Guiana, vai prever a inclusão de uma cláusula democrática ao tratado constitutivo da União.
A reunião de Buenos Aires, convocada com urgência pela presidente argentina, Cristina Fernández, e seu marido, o ex-presidente e atualmente secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner, contou com a presidência dos presidentes da Bolívia, Evo Morales; Uruguai, José Mujica; Venezuela, Hugo Chávez; Peru, Alan García; Colômbia, Juan Manuel Santos, e Chile, Sebastián Piñera.
Os grandes ausentes foram os líderes do Paraguai, Fernando Lugo, internado por uma intoxicação, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, envolvido no encerramento da campanha eleitoral.