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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma quer marcar início da gestão pela ‘austeridade’

A presidente eleita Dilma Rousseff planeja adotar no alvorecer de seu governo uma política fiscal marcada pela austeridade.

No curto prazo, cogita elevar a meta de superávit primário do governo. Para 2011, algo em torno de 3,5% do PIB.

No longo prazo, vai perseguir a redução do volume da dívida pública, hoje em 42% do PIB. Dilma deseja fechar sua gestão, em 2014, com uma dívida de 30% do PIB.

Imagina-se que a combinação dos dois objetivos produzirá as condições que permitirão ao “novo” governo reduzir a taxa básica de juros e estimular os investimentos em infraestrutura.

Para obter o que deseja, Dilma terá necessariamente de reduzir os gastos correntes do governo. Algo que passa, por exemplo, pela contenção das despesas com o funcionalismo.

No início de seu primeiro mandato, em 2003, Lula também levara o pé ao freio. Hoje, ele atribui a esse gesto o êxito de sua gestão.

Sob Dilma, evita-se pronunciar a expressão “ajuste fiscal”. Afirma-se, ao contrário, que 2011 não requer esforço semelhante ao de 2003.

Na prática, porém, vai-se caminhar em direção oposta à que foi adotada por Lula nos dois últimos anos.

Em 2009, o governo reduziu o superávit primário para 2% do PIB. Em parte por conta das medidas adotadas para atenuar os efeitos da crise financeira global.

Para 2010, prevê-se um superávit de 3,3% do PIB. Um percentual que só será obtido graças à antecipação da receita de um petróleo que ainda não existe, do pré-sal.