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terça-feira, 2 de novembro de 2010

PARA ONDE VAI A TIM

A Telefônica comprou a participação da Portugal Telecom na operadora celular Vivo, e vai integrá-la à sua empresa de telefonia fixa em São Paulo. Apesar de não ter ainda anunciado oficialmente o movimento, a mexicana América Móvil, do bilionário Carlos Slim Helú, prepara-se para unir Claro, Embratel e Net, criando uma empresa com telefonia fixa e móvel, banda larga e TV paga. A Oi sempre teve celular e telefone fixo, e agora ganhou um acionista de bolsos cheios, a Portugal Telecom.
No quebra-cabeças do mercado brasileiro de telecomunicações, a TIM ficou como a única operadora de telefonia celular que não tem também uma rede fixa de telefonia local. A empresa italiana comprou a Intelig, o que permitiu reduzir gastos com aluguel de infraestrutura e levou-a a ultrapassar a Embratel no mercado de longa distância. Mesmo assim, para oferecer telefonia fixa, usa tecnologia sem fio, pois a rede da Intelig é de longa distância, e não chega à casa das pessoas.
Na última sexta-feira, a TIM divulgou seus resultados do terceiro trimestre. Os números mostraram que o processo de recuperação – ou turnaround, como eles gostam de chamar – está fazendo efeito. Quando chegou ao Brasil para comandar a operadora, no começo do ano passado, o italiano Luca Luciani encontrou uma empresa que perdia participação de mercado, dinheiro e qualidade de serviço. Entre julho e setembro deste ano, a empresa viu crescer sua participação de mercado e sua rentabilidade.
A TIM pertence à Telecom Italia. Gabriele Galateri (foto), presidente do conselho do grupo italiano, chegou ao Brasil na manhã da última sexta-feira, e conversou com o Estado depois da reunião do conselho da subsidiária brasileira, na sede da TIM Brasil, no Rio de Janeiro. Da sala que ocupa quando vem ao País, no prédio da Barra da Tijuca, Galateri argumentou que a empresa não precisa de uma operação fixa, e apontou a oferta de banda larga móvel para a classe média emergente como a grande oportunidade de crescimento no País.
“A tecnologia é um instrumento de inclusão social”, disse Galateri. Antes de ingressar na Telecom Italia, o executivo foi diretor financeiro e presidente da Fiat, e começou a visitar o Brasil há três décadas.
Mais informações no Estado de hoje (“Em meio às fusões sobrou a TIM” e “‘No Brasil, podemos seguir em frente sozinhos’“, para assinantes, p. N4).
Divulgação/Telecom Italia