Há pouco espaço para erros
“A história não é estanque e nos impõe entender a herança do passado e rumar para o futuro, sem erros de avaliação. Porque há pouco espaço para erros, como também há pouco tempo para revanchismos e política de miudezas.”.
As aspas acima encerram um trecho do discurso de posse do governador Simão Jatene.
Como Ana Júlia no início do seu governo, Simão Jatene demonstra as mais serenas e alvissareiras expectativas de prosperidade, estribadas na responsabilidade institucional que o cargo obriga.
A ex-governadora se perdeu nos erros de avaliação. Tanto ela quanto o núcleo de governo que a aprisionou, foram míopes: não conseguiram ver que o rumo adquirido os levaria ao abismo em que se precipitaram.
É possível que Simão Jatene e sua equipe também cometam erros de avaliação, pois governar bem é a arte de errar pouco. Todavia, que sejam sábios o suficiente para, incontinente, remediar o que não foi de tento prevenir.
Quiça, seja impraticável, no sistema presidencialista, escapar da política de miudezas. É de bom tamanho, inobstante, que, de fato, ela não tome tempo do governo, para que não passe a ser um meio de consecução administrativa.
A miudeza política foi tão constante no governo que se finou, que, ao meio do caminho, ela passou a ser o epitáfio daquilo que, no início, prometeu um panegírico.
É provavél que Simão Jatene tenha que tratar de miudezas políticas, pois governar, em certos relógios, é padecer no paraíso. Todavia, que ele seja sábio o suficiente para ao precisar vir à ravina, não perder o imediato caminho de volta à planície sobre a qual devem ser deitados os dormentes que sustentarão o trilhar do Pará, rumo ao futuro que precisa ser feito agora.
Clique na imagem para ler o inteiro teor do discurso de posse de Simão Jatene.
Que nos sorria o porvir.