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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Suíça estica bloqueio de R$ 22 mi atribuídos a Maluf

  Folha
A Justiça da Suíça decidiu prorrogar o bloqueio de uma conta atribuída a Paulo Maluf (PP-SP).
Coisa de US$ 13 milhões. Em reais: R$ 21,8 milhões. O dinheiro havia sido retido em 2001.
Autoridades suíças perguntaram ao Ministério Público brasileiro (o de SP e o federal) se desejavam manter o bloqueio.
A resposta foi positiva. Daí a prorrogação da medida que impede a movimentação da conta.
Foi aberta numa agência bancária da cidade de Lousanne em nome de Lygia Maluf, filha do deputado.
Suspeita-se que guarda dinheiro desviado da prefeitura de São Paulo. A repatriação do numerário depende de decisão judicial.
O diabo é que, por ora, a conta da suíça frequenta um processo que ainda se encontra na fase de denúncia.
Como deputado, Maluf dispõe de prerrogativa de foro. O caso subiu ao STF. Já lá se vão quatro anos. E nada.
Os autos encontram-se no gabinete do ministro Ricardo Lewandowsk. Ele terá de dizer se há provas suficientes para a abertura de uma ação penal.
Depois de elaborar o seu voto, Lewandowski irá submetê-lo ao plenário do Supremo. Uma vez aberta a ação, inaugura-se a fase do contraditório.
Os advogados de Maluf farão, então, a defesa de seu cliente. Curiosamente, o deputado alega que não tem dinheiro depositado no estrangeiro.
Maluf vai além: diz que tampouco seus familiares têm conta no exterior. A lorota não se restringe aos US$ 13 milhões retidos na Suíça.
Levantamento feito pelo repórter Mario Cesar Carvalho contabiliza em US$ 140 milhões o pedaço conhecido da fortuna enviada por Maluf para fora do país.
O dinheiro encontra-se bloqueado em casas bancárias nas Ilhas Jersey, na Suíça, em Luxemburgo e na França.
Dinheiro sem dono é coisa incomum. Se Maluf diz que não lhe pertence, deveria desconstituir os advogados –aqui e alhures. Pouparia tempo. Que é dinheiro.