Após organizar cruzada ‘anti-mensalão’, Dirceu nega
Sérgio Lima/Folha
De passagem por Curitiba, José Dirceu negou algo que seus companheiros de partido haviam confirmado na véspera.
De passagem por Curitiba, José Dirceu negou algo que seus companheiros de partido haviam confirmado na véspera.Na quinta (10), Dirceu e outros réus do mensalão foram brindados por lideranças petistas com uma reunião de desagravo.
Deu-se horas antes da festa em que foi celebrado o 31º aniversário do PT, em Brasília.
Decidiu-se que a legenda faria uma mobilização nacional pela absolvição de Dirceu no STF.
Um dos participantes do encontro, Geraldo Magela, deputado licenciado e secretário de Habitação do governo petista do DF, dissera o seguinte:
"O partido precisa defender seus quadros. Cada vez mais, estamos convencidos de que esse é um julgamento político".
Ficou boiando na atmosfera a impressão de que o petismo tramava emparedar os juízes do Supremo com uma inusitada cruzada pró-Dirceu.
Pois bem. Decorridas menos de 24 horas, Dirceu, o beneficiário da mobilização, apressou-se em tentar uma reconciliação com a lógica:
"Não vou fazer nenhuma campanha. Quem decide são os 11 juízes [do STF] e não os filiados e nem aqueles que me apoiam na sociedade", disse Dirceu.
Confirmou que planeja correr o mapa. Mas explicou: "Simplesmente vou viajar pelo país como sempre viajei...”
“...Não vou fazer campanha pela minha absolvição porque eu acho que eu não preciso. Confio na Justiça e na minha inocência".
Acrescentou: "Por que é que eu vou mobilizar? É o Supremo que decide, não é o voto popular. Não é eleição".








