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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Governo oficializa corte no Orçamento: R$ 50 bilhões

Como previsto, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) vieram à boca do palco para descer a faca.
Anunciaram, finalmente, o tamanho dos cortes que o governo fará no Orçamento de 2011: R$ 50 bilhões.
Materializou-se, assim, o ajuste fiscal que Dilma Rousseff sabia inevitável, mas jurara durante a campanha eleitoral que não faria.
Num esforço para dourar a lâmina, Mantega deu ao ajuste um apelido novo. Chamou-o de “consolidação fiscal”.
Na prática, a consolidação terá o mesmo efeito do ajuste clássico. Todos os ministérios terão de se adequar à lipoaspiração das despesas.
No dizer de Mantega, o que diferencia a penúria atual das anteriores é o objetivo. Persegue-se, segundo ele, não a recessão, mas o crescimento econômico:
"Essa consolidação fiscal não é como aquele velho ajuste fiscal, que levava à retração da economia e dos investimentos, mas serve para buscar seguir o crescimento sustentável".
Ministro de Lula, Mantega definiu-se certa vez como “levantador de PIB”. Ministro de Dilma, jogou os búzios:
“Para 2011, a meta de crescimento do PIB é de 5%. É um nível alto. [...] Continuaremos perseguindo o crescimento”.
Auxiliado pela colega do Planejamento, Mantega esmiuçou a natureza do corte. A dupla informou:
1. Foram podados especialmente os gastos com o custeio da máquina pública.
2. Preservaram-se os gastos com programas sociais.
3. Mantiveram-se os investimentos, incluindo as obras do PAC.
4. O ajuste mira o controle da inflação, com redução da taxa de juros.
Mantega foi portador de uma espécie de aviso ao Congresso. O corte leva em conta um salário mínimo de R$ 545. Nenhem centavo a mais.
“Esse reajuste [na previsão de despesas] foi feito para viabilizar o pagamento disso e não mais que isso”, disse o ministro.
Ou seja: se os congressistas elevarem o mínimo, o governo terá de recorrer novamente à faca.