Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lobão vira piada em reportagem da ‘The Economist’


Revista ironiza ministro por evitar o termo apagão e afirma que o problema de fornecimento de energia vai se agravar no Brasil nos próximos anos.

A edição da revista britânica The Economist que chega às bancas nesta sexta-feira traz reportagem irônica sobre a reação do ministro Edison Lobão aos cortes de energia que deixaram no escuro sete estados do Nordeste no dia 4 de fevereiro e 2,5 milhões de pessoas em São Paulo no dia 8. A reportagem traz o título Don´t mention de B-word. O “B” se refere a “blackout”, apagão em inglês, e uma tradução livre do título poderia “Não diga a palavra que começa com A”. Segundo a revista, Lobão está guardando o termo para momentos mais graves. E afirma que os brasileiros devem começar a se acostumar às ‘interrupções temporárias’ todas as vezes que ligarem os aparelhos de ar-condicionado. Segundo a revista, o país teve 91 blecautes de grandes proporções em 2010, contra 48 em 2008, e as pequenas interrupções temporárias estão se tornando rotina em cidades de médio porte.
Para fundamentar a afirmação de que o país está prestes a enfrentar um racionamento, a publicação lembra que a demanda por energia cresceu 7,8% no último ano. E que os estudos do próprio governo apontam para um crescimento médio de 5% da demanda nos próximos anos. Os investimentos anunciados pelo governo para suportar esse crescimento, de 214 bilhões de reais, também são questionados na reportagem. Segundo a The Economist, a maior parte do dinheiro está aplicado na construção da hidrelétrica de Belo Monte, que enfrenta atrasos por causa do impacto ambiental e, se não bastasse isso, vai aprofundar a dependência do país do regime de chuvas para manter o fornecimento.
Citando dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), a revista afirma que, em média, o preço da energia no Brasil é dois terços mais caro que nos Estados Unidos. E que deve crescer ainda mais com a opção por hidrelétricas na Amazônia, que vão exigir grandes investimentos em linhas de distribuição pelo país.
Veja