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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Réu do mensalão, petista cobiça comissão de Justiça

  Fotos: Folha
Dono da maior bancada (88 deputados), o PT tem a prerrogativa de indicar o presidente da Comissão de Justiça, a mais importante da Câmara.
Cobiça o posto João Paulo Cunho (SP). Além de ex-presidente da Casa, o deputado é réu no processo do mensalão.
Repetindo: antes de ser julgado pelo STF, o deputado pilhado em valeriana de R$ 50 mil deseja tornar-se presidente da comissão de Justiça.
As repórteres Maria Clara Cabral e Catia Seabra informam, na Folha, que um outro petista resolveu medir forças com João Paulo.
Quem? Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele presidia o PT em 2005. Coordenou a vitoriosa campanha reeleitoral de Lula.
Nessa época, operava sob Berzoini um grupo de “inteligência” cujos membros imprimiram as digitais no escândalo dos aloprados.
Deve-se a alcunha de “aloprados” a Lula. Foi assim que o ex-soberano chamou os petistas que desceram ao submundo para comprar um dossiê antitucanos.
De novo: para a comissão de Justiça, a alternativa que o PT oferece ao réu do mensalão é o ex-presidente dos aloprados.
A disputa entre João Paulo e Berzoini desenvolve-se contra um pano de fundo marcado pela divisão do petismo da Câmara.
Em favor do réu, move-se a infantaria ligada a Cândido Vaccarezza (SP), reconduzido por Dilma Rousseff ao posto de líder do governo.
Em defesa do ex-comandante da "inteligência" que aloprou, mexe-se a artilharia que levou Marco Maia (RS) prevalecer sobre Vaccarezza na batalha pela presidência da Câmara.
Não há notícia de grupo que tenha se animado, por ora, a sair em socorro do bom senso.