Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

quarta-feira, 16 de março de 2011

Canhões de água tentam conter desastre nuclear

As autoridades japonesas vão empregar canhões de água, como os que são utilizados em distúrbios com multidões, numa tentativa desesperada para arrefecer os reactores nucleares da central de Fukushima e evitar o alastrar de fugas de radioactividade. Outra alternativa são bombas de água de alta pressão vindas dos Estados Unidos.
De acordo com a agência de segurança nuclear japonesa, o Exército vai ajudar a bombear água para o reactor 3 e para um tanque do reactor 4, onde está armazenado o combustível nuclear usado.
Hoje, um helicóptero não conseguiu lançar água sobre o reactor 3, devido aos níveis de radioactividade sobre a central. O aparelho seguira de Sendai para Fukushima esta tarde (manhã em Lisboa), com um reservatório de água semelhante aos que são empregues em Portugal no combate a incêndios. Mas os níveis de radiação sobre o reactor 3 ultrapassavam os 50 milisieverts, que é o limite de exposição para os militares em missão, segundo a televisão japonesa NHK.

Para tentar arrefecer o reactor 4, onde há combustível nuclear usado a aquecer de forma preocupante, especialmente depois de um incêndio ocorrido hoje, a polícia municipal de Tóquio vai utilizar um camião-cisterna com canhões de água. Segundo a agência Kyodo, o camião-cisterna já chegou ao reactor.

Hoje, o Exército norte-americano anunciou que vai fornecer bombas de água de alta pressão às autoridades japonesas para tentar arrefecer os reactores, noticia a AFP. Um número de bombas que ainda não foi especificado chegou a noite passada à base norte-americana de Yokosuka, na baía de Tóquio, e será agora enviado para a base de Yokota, onde serão entregues às autoridades japonesas.

O Governo japonês reconheceu hoje a necessidade de pedir a cooperação do Exército americano para evitar uma catástrofe nuclear.

Entretanto, os Estados Unidos enviaram também ao Japão equipamentos e 34 técnicos especializados, que conduzirão as suas próprias medições de radioactividade no país. Segundo o embaixador norte-americano John Roos, citado pela NHK, isto não significa que os EUA não confiem nos dados divulgados pelo Japão, mas é uma forma de auxiliar o país e também garantir a segurança dos cidadãos norte-americanos.

Notícia em actualização