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segunda-feira, 14 de março de 2011

Dalai Lama apresenta demissão ao Parlamento tibetano no exílio


(AFP) 
DHARAMSALA, Índia — O Parlamento tibetano no exílio abriu nesta segunda-feira uma sessão histórica, com a leitura da carta na qual o Dalai Lama pede para ser liberado das funções políticas no movimento tibetano.
Na carta, dirigida aos parlamentares, o Dalai Lama, de 75 anos, adverte que qualquer adiamento da decisão da Assembleia a respeito de sua aposentadoria política pode representar um "desafio esmagador" no futuro.
O religioso e Prêmio Nobel da Paz considera que o movimento tibetano está suficientemente maduro para eleger diretamente o novo chefe de Governo tibetano no exílio.
"Se tivermos que seguir exilados durante várias décadas, chegará inevitavelmente o momento em que eu não serei mais capaz de assumir o governo", afirma na carta, lida pelo presidente do Parlamento.

"Por isto é necessário estabelecer um sistema de governo enquanto eu ainda estou em boas condições de saúde, para que a administração tibetana no exílio seja autônoma e não dependente do Dalai Lama", completa o texto.
A questão será debatida na terça-feira, já que o Dalai Lama pede que a Constituição do movimento tibetano receba uma emenda para permitir a renúncia.
O Dalai Lama anunciou na semana passada a intenção de renunciar à chefia de Governo tibetano no exílio, cargo essencialmente simbólico, para deixar o posto a um novo chefe de Governo "livremente eleito", mas continuará sendo o líder religioso dos budistas tibetanos.