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sexta-feira, 11 de março de 2011

Dilma negocia com centrais ‘política’ longeva para IR

Antônio Cruz/ABr
Ladeada pelos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Carlos ‘Lupinho’ (Trabalho), Dilma Rousseff reuniu-se com as centrais sindicais.
Lero vai, lero vem farejou-se uma perspectiva de acordo em torno do espinhoso tema da correção da tabela do Imposto de Renda.
Dilma não abriu mão do percentual de 4,5% para 2011. Corresponde ao centro da meta de inflação. Porém...
...Porém, a presidente mostrou-se receptiva à ideia de fixar uma política de reajuste que dure os quatro anos do seu mandato.
As centrais reivindicam a correção da tabela do IR em 6,47%, o que equivaleria à inflação registrada no ano passado.
No entanto, acenam com a hipótese de endossar os 4,5% em troca da tal política de longo prazo.
Gilberto Carvalho disse aos repórteres que o acerto, embora ainda não esteja sacramentado, está bem encaminhado.
O ministro disse que a pasta da Fazenda definirá os detalhes, a serem anunciados nos próximos dias.
Esclareceu que, se vingar a ideia de definir agora os percentuais dos anos vindouros, a correção da tabela do IR não fugirá do centro da meta da inflação.
Disse, de resto, que Dilma viu com bons olhos também a sugestão de criar novas faixas, intermediárias, para acomodar os contribuintes na tabela do IR.
Hoje, há cinco faixas de contribuição. O ministro realçou que, se houver mudança, a alíquota mais alta, de 27,5%, não será alterada.
Como previsto, antes da reunião, Dilma brindou os convidados com a normatização da lei que acomoda os trabalhadores nos conselhos de 59 estatais.
Depois do mimo, a conversa com o baronato sindical fluiu suavemente. Dilma foi especialmente cortês com Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
"Você é muito reclamador, mas bom sindicalista tem que ser assim mesmo", ela disse.
A retribuição veio no twitter de Paulinho, agora uma seda: "A reunião com Dilma foi muito positiva e produtiva..."