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sexta-feira, 11 de março de 2011

É 'altamente provável' que reator nuclear esteja derretendo, diz agência japonesa

Estadão.com.br
 
A Agência de Segurança Nuclear do Japão afirmou ser “altamente provável” que esteja ocorrendo o derretimento do reator número 1 da usina nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, após os danos causados por um violento terremoto seguido de tsunami na sexta-feira, 11.
Um porta-voz da companhia de geração de energia Tokio Electric Power Co (Tepco), proprietária da usina, porém disse que tal fato “não ocorreu” e que a empresa estava tentando “elevar o nível de água” para esfriar o reator, segundo agências internacionais de notícia. Essa usina fica a 250 quilômetros ao norte de Tóquio.
Seguindo ordens das autoridades governamentais, a Tepco liberou vapor radioativo para aliviar a pressão do reator, após evacuar os moradores de um raio de dez quilômetros da usina. Segundo a agência de notícias Kyodo, já foi detectado césio radioativo nas redondezas dessa central nuclear.
Entenda. A Tepco está tentando esfriar o núcleo do reator após um apagão incomum na usina - a perda total da energia necessária para manter a água circulando pelas máquinas para evitar o superaquecimento.
Os reatores das unidades 1, 2 e 3 da usina Daiichi se desligaram automaticamente às 14h26 (hora local) devido ao terremoto. Porém, cerca de uma hora depois, os geradores de segurança a diesel também se desligaram, deixando os reatores sem uma fonte de energia alternativa.
Tal apagão é "uma das mais graves ocorrências que podem atingir uma usina nuclear", segundo especialistas do grupo de supervisão nuclear "Union of Concerned Scientists", baseado nos EUA. "Se toda a eletricidade alternativa é desligada, as opções para refrigerar o núcleo ficam limitadas", advertiu o grupo.
Os reatores da usina Daiichi continuam a funcionar sem eletricidade alternativa, pois são impulsionados por vapor e, portanto, não requerem bombas elétricas. Mas precisam de eletricidade direta de baterias para que suas válvulas e controles funcionem.
Se a energia das baterias se esgota antes do restabelecimento do fornecimento alternativo de eletricidade, a usina deixaria de bombear água e o nível de água de esfriamento no núcleo do reator pode baixar.
(Com agências internacionais)