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Líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves reagiu à ameaça do ministro Guido Mantega de elevar tributos para compensar a correção da tabela do IR:“O que ouvi do governo até a aprovação do projeto do salário foi que a correção [da tabela] seria feita pelo governo sem qualquer aumento de imposto”, disse.
O deputado acrescentou: “Agora, vamos cobrar o cumprimento desse acordo”.
Henrique Alves achega-se à boca do palco seis dias depois de Mantega ter declarado, em entrevista, que o reajuste da tabela do IR em 4,5% não passará em branco:
“Vamos reajustar a tabela, mas temos que fazer os cálculos”, dissera Mantega na semana passada.
“Provavelmente, a renúncia fiscal será de aproximadamente R$ 1,6 bilhão e temos que achar uma fonte para essa nova despesa”, o ministro acrescentara.
Em seguida, a ameaça: “Então, ou a gente faz um ajuste em algum tributo ou fazemos nova redução de despesa”.
Para o líder do PMDB, trata-se de “um discurso novo”. O deputado declarou-se “surpreendido”.
“Esse aumento de tributo ou corte mais profundo nas despesas não estava no script”, disse Henrique Alves.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa manuseou panos quentes. Declarou-se confiante no cumprimento do acordo celebrado pelo governo com seus aliados.
No dizer de Humberto Costa, “esse é um assunto resolvido”. A tabela do IR será reajustada em 4,5%, disse ele, sem aumento de tributos.
É de perguntar: se a coisa está resolvida, por que diabos o ministro da Fazenda flerta com o inaceitável.
