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sexta-feira, 1 de abril de 2011

CUT e Odebrecht fecham acordo para Santo Antônio

Tarsila do Amaral
Reunidos nesta quinta (31), negociadores da CUT e da construtora Odebrecht firmaram um acordo relacionado à obra da hidrelétrica de Santo Antônio.
Prevê o aumento do salário e a melhoria dos benefícios concedidos aos operários lotados no canteiro da usina, assentado em Rondônia.
A obra foi paralisada por uma greve. Em assembléia a ser realizada até segunda (4), os trabalhadores decidirão se aceitam os termos do acordo.
O acerto foi esmiuçado em texto levado à web pela CUT. Prevê o seguinte:
1. Reajuste salarial de 5%. Trata-se de antecipação do aumento a ser negociado na data-base dos operários de Rondônia, em maio.
2. Concessão de licença trimestral de pelo menos cinco dias para que os trabalhadores visitem suas famílias.
3. A viagem de Rondônia até os Estados de origem dos operários, preferencialmente de avião, será custeada pela Odebrecht.
4. O valor da cesta básica subirá de R$ 110 para R$ 132. Sem prejuízo da negociação de valor mais alto em maio, mês da data-base.
As novas condições vigoram a partir desta sexta (1º). Firmaram-se, de resto, outros dois acertos que dependem de detalhamento.
Um deles envolve a concessão aos operários e suas famílias de planos de saúde com cobertura nacional.
O outro diz respeito ao ágio cobrado dos trabalhadores pelos comerciantes locais. Pleitea-se a troca da operadora do cartão de vale-compras.
Ainda nesta quinta, informa a CUT, o sindicalismo deve se reunir com a Andrade Gutierrez, construtora que toca a obra da hidrelétrica de Jirau, também paralisada.
As negociações são estimuladas e monitoradas pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Na manhã desta quinta, antes do acerto CUT-Odebrecht, realizou-se no Planalto, sob a coordenação de Gilberto, nova reunião entre sindicalistas e empresários.
Tenta-se firmar um pacto trabalhista para todas as obras do PAC. Agendou-se novo encontro para o dia 14 de abril.
Com suas greves, os operários de obras públicas se fizeram notar. As sublevações acordaram, a um só tempo, governo, sindicatos e empresas.